Local e ano do
nascimento: Vila de Parna�ba-SP 1641(?)
Local e ano do falecimento:
Pianc�-PB, 1703(?)
Domingos
Jorge Velho nasceu provavelmente em 1641, na vila de Parna�ba, na capitania de
S�o Paulo. Mameluco, era tetraneto de �ndios tupiniquins e tapuias e filho de
Francisco Jorge Velho e Francisca Gon�alves.
As
informa��es sobre sua vida s�o escassas, mas sabe-se que por volta de 1671
estava atacando tribos rebeldes no Nordeste, contratado por autoridades
coloniais. Entre 1671 e 1674 continuou nesta atividade guerreando contra os
pimenteiras, cariris, ic�s, sucurus, caraba�as e coremas em Pernambuco,
Bahia, Para�ba, Cear� e Piau�.
Com
as terras conquistadas aos �ndios, Domingos Jorge Velho fundou um
arraial em Pianc�, Para�ba, em 1676, que depois foi destru�do pelos cariris
e depois reconstru�do.
Entre
1677 e 1680, n�o existem not�cias sobre o bandeirante, mas acredita-se que
Domingos esteve em S�o Paulo. Entre 1681 e 1684, � prov�vel que tenha se
fixado na regi�o do Rio das Piranhas, criando gado em Pianc�. Nesta �poca
foi contatado pelo governador de Pernambuco, Jo�o de Souza, sobre um poss�vel
ataque ao Quilombo dos Palmares.
Somente
em 1687, a resposta foi enviada a Pernambuco e no mesmo ano, o acordo foi
firmado, mas em 1688, quando Domingos Jorge Velho e seu ex�rcito se
aproximavam de Pernambuco, o bandeirante desviou-se para o Rio Grande do Norte,
por ordem do governador-geral, para atacar os Jandu�s.
Em
1691, Domingos Jorge Velho conseguiu sua libera��o para abandonar o Rio
Grande do Norte, dando in�cio � campanha contra Palmares que s� foi
finalizada no final de 1695, com a morte de Zumbi.
Mesmo
tendo muitas concubinas ind�genas, Domingos Jorge Velho s� se casou
quinquagen�rio, em 1697, com Jer�nima Cardim Fr�is. No mesmo ano, o bispo
de Olinda, D. Francisco Lima, encontrou-se com ele e deixou uma descri��o do
bandeirante: �Este homem � um dos maiores selvagens com que tenho topado:
quando se avistou comigo trouxe consigo L�ngua, porque nem falar [portugu�s]
sabe nem se diferencia do mais b�rbaro tapuia, mais que em dizer que � crist�o,
e n�o obstante o haver-se casado de pouco, lhe assistem sete �ndias
concubinas, e daqui se pode inferir como procede no mais; tendo sido a sua
vida desde que teve uso de raz�o � se � que a teve, porque se assim foi,
de sorte a perdeu, que entendo a n�o achar� com facilidade � at� o
presente, andar metido pelos matos � ca�a de �ndios, e de �ndias, estas
para o exerc�cio de suas torpezas, e aqueles para os granjeios dos seus
interesses�.
Nos
anos finais de sua vida viveu em uma fazenda em Pianc�, onde faleceu em 1703
sem deixar filhos reconhecidos.
Bibliografia
CALDEIRA, Jorge et al. Viagem pela Hist�ria do
Brasil. S�o Paulo: Companhia das Letras, 1997. 1 CD-ROM
FRANCO, Francisco de Assis Carvalho.
Dicion�rio de bandeirantes e sertanistas do Brasil: s�culos XVI, XVII e
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Paulo: Edusp, 1989.
HERMANN, JAcqueline. Domingos Jorge Velho. In:
VAINFAS, Ronaldo(org.). Dicion�rio do Brasil
Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.
NOVA ENCICLOP�DIA BARSA. [S.l.]:Encyclopaedia Britannica do Brasil Publica��es Ltda. 1999. 1 CD-ROM