Siqueira
Campos nasceu em Rio Claro, S�o Paulo. Filho de Raimundo Pessoa de Siqueira Campos
e Lu�sa Freitas de Siqueira Campos, passou quase toda a inf�ncia em sua
cidade natal e em S�o Manuel do Para�so, onde seu pai administrou as
fazendas de caf� de seu irm�o, Manuel de Siqueira Campos, um rico
propriet�rio de terras, que tamb�m foi presidente da C�mara de Vereadores
de Rio Claro.
Em
1904, a fam�lia de Siqueira Campos mudou-se para a capital do estado, onde
seu pai ocupou o cargo de almoxarife do Departamento de �guas. Foi nessa
cidade, que Siqueira Campos passou os �ltimos anos de sua inf�ncia e
praticamente toda a adolesc�ncia. Estudou no Grupo Escolar Sul da S� e no
Gin�sio do Estado de S�o Paulo entre 1904 e 1914, sempre considerado um
�timo aluno.
Ele
pretendia cursar Engenharia na Escola Polit�cnica do Rio de Janeiro, mas sua
m�e faleceu e seu pai casou-se novamente, com um mulher mais jovem que o
pr�prio Siqueira Campos, que estava com 16 anos. A organiza��o do novo lar
abalou as finan�as de seu pai e Siqueira Campos teve que desistir da Escola
Polit�cnica. O clima familiar n�o era tranq�ilo e em 1915, ele resolveu sair
de casa e mudar-se para o Rio de Janeiro, seguindo os exemplos de seus irm�os
mais velhos, Raimundo e Ananias.
Pretendendo
continuar os estudos, a �nica alternativa para Siqueira Campos foi ingressar
como volunt�rio no Ex�rcito em 1915 e no ano seguinte, como aluno da Escola
Militar do Realengo. Inicialmente foi inclu�do na Infantaria, mas aos poucos
foi se direcionando para a Artilharia. A Escola Militar do Realengo, que
substituiu a antiga Escola Militar da Praia Vermelha, tinha por objetivo
formar oficiais profissionais e apol�ticos, que se preocupassem com seu
treinamento militar e n�o com as quest�es pol�ticas do pa�s. No entanto,
Siqueira Campos e seus colegas n�o deixaram de discutir os problemas
brasileiros e questionar os rumos da Rep�blica Velha.
Durante
a �poca da Escola Militar, Siqueira Campos fez amizade principalmente com Eduardo
Gomes e Est�nio Caio de Albuquerque Lima, com que alugou uma casa para
poderem estudar. A casa passou a abrigar um grupo de estudo, do qual sairiam
os principais l�deres das revoltas tenentistas que abalariam os anos 20 do
s�culo passado.
A
participa��o de Siqueira Campos na Escola Militar foi quase perfeita, exceto
por uma pris�o de 15 dias ap�s uma agress�o com um chicote a um delegado de
Pol�cia, que o destratara em 1918. O que impediu uma puni��o maior foi sua
�tima ficha. No mesmo ano, Siqueira Campos se formou e imediatamente se
matriculou no Curso Especial de Artilharia, concluindo-o em 30 de dezembro de
1919.
Iconografia
Siqueira Campos em Porto Nacional (TO) em
1925 - CPDOC/Funda��o Get�lio Vargas