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Elei��es � vista
C�nego Jos� Geraldo Vidigal de Carvalho*
gif.gif (49 bytes)Ato c�vico do mais alto significado �, sem d�vida, o voto, uma das mais importantes institui��es da vida social.  A  escolha criteriosa de bons pol�ticos com suas fun��es e decis�es decis�rias a serem exercidas para o bem estar de todos � uma manifesta��o vibrante da cidadania.
gif.gif (49 bytes)No �mbito municipal ganha especial import�ncia a escolha de dirigentes competentes por se tratar da manifesta��o de peculiar amor � comunidade na qual se vive e cujos problemas s�o mais conhecidos. Isto aumenta ainda mais a responsabilidade do eleitor que, inclusive, convivendo mais assiduamente com os candidatos, sobretudo nas cidades de m�dio e menor porte, t�m obriga��o de conhecer melhor as qualidades administrativas dos que preiteiam comandar os destinos daquela gente. O not�vel fil�sofo Adolphe Franck adverte que �o exerc�cio dos direitos pol�ticos deve sempre ter em mira n�o o interesse e o bem-estar particular de cada cidad�o, n�o a vantagem e o proveito de qualquer classe ou de um partido, mas a utilidade e  o melhoramento de uma regi�o�.
gif.gif (49 bytes)� dever prim�rio de quem vai exercer o direito p�blico e pol�tico do voto deixar definitivamente de lado como referencial seus prop�sitos  pessoais, os projetos  individuais. Atrav�s de uma an�lise s�ria, criteriosa dos candidatos, de suas plataformas e de sua aptid�o, � preciso escolher aqueles que v�o contribuir para o progresso local, para a paz e a ordem social.
O genu�no homem p�blico, merecedor do sufr�gio popular, � aquele que, possuindo certas habilidades e conhecimentos, pretende agir com justi�a e efici�ncia, sem se sujeitar �s alicia��es corruptoras.
A arte de governar n�o � f�cil. Todo aquele que for conduzido  ou reconduzido ao senhorio quer como Prefeito ou como Vereador deve estar em condi��es de repetir  com a Rainha Vit�ria, da Inglaterra: "Visto que aprouve � Provid�ncia colocar-me neste lugar, farei tudo o que estiver ao meu alcance para cumprir o meu dever [ ... ] estou certa  de que poucos ter�o uma vontade mais aut�ntica e um desejo mais verdadeiro de proceder como � devido e justo do que eu".
De h� muito foi  banida a teoria que ligava o termo governo com a id�ia de poder e for�a. O verdadeiro governante deve reger os destinos de uma popula��o unicamente em vista ao m�ximo benef�cio da coletividade e do desenvolvimento geral e entrever no seu cargo apenas servi�o e disponibilidade total. Este, sim, no final de um mandato torna o patrim�nio p�blico mais rico e luminoso e a urbe mais civilizada e progressista.
In�meras as obras que cumpre sejam sempre realizadas sobretudo na periferia das cidades, mas dentre os afazeres dos dirigentes municipais n�o se pode esquecer o imperioso dever de cuidar da ordem p�blica. Um direito  elementar do cidad�o e que hoje em dia � t�o descuidado � o direito do repouso, o qual  � agredido pelo ru�do de caixas de sons at� em ruas e pra�as, colocadas por bares e boates, agredindo a lei sagrada do sil�ncio. Um dos compromissos de qualquer candidato  a Prefeito deve ser este: n�o aprovar� jamais alvar� para tais aberra��es, dando total apoio �  Pol�cia local.  Al�m disto, as  regi�es onde h� o problema das barragens necessitam de pessoas que tenham sensibilidade pol�tica para respeitarem os leg�timos anseios dos moradores.
O exerc�cio do voto � decisivo para que haja progresso e este s� � poss�vel quando h� dirigentes competentes, dedicados e indenes a qualquer tipo de corrup��o ou agress�o ao cidad�o. N�o basta poder votar, � preciso saber votar e isto � imprescind�vel para a democracia. O voto n�o � uma panac�ia, mas est� sujeito a muitos equ�vocos provenientes sobretudo da demagogia e da maldita corrup��o. Nada mais indesej�vel do que os eleitores ditos flutuantes que votam de acordo com as circunst�ncias e conveni�ncias pessoais.
O verdadeiro patriotismo n�o se manifesta em emo��es est�reis, vazias e sim por atos dignificante, sendo o maior deles este do bom exerc�cio do voto consciente! � que sem o direito do voto o povo se tornaria uma plebe miser�vel e ainda mais oprimida.
* Professor do Instituto de Filosofia do Semin�rio de Mariana