A administra��o da Col�nia, foi
um assunto bastante discutido pela historiografia brasileira antiga, passando
para segundo plano, a partir de 1960, com o predom�nio de estudos socioecon�micos e posteriormente de temas culturais.
Os que se propuseram a estudar a quest�o do poder na col�nia n�o chegaram as
mesmas conclus�es. Para uns a tradi��o lusitana de um Estado forte, fez com
que na Col�nia prevalecessem os interesses estatais sobre o privado. Para
outros o poder local, do latif�ndio, foi mais forte que a a��o estatal,
conseguindo diluir e fragmentar a a��o deste.
As generaliza��es para per�odos
longos, como � o caso da coloniza��o do Brasil, s�o quase sempre desmentidas
por acontecimentos particulares, contudo s�o v�lidas enquanto interpreta��es
gerais. De maneira geral, pode-se afirmar, que houve uma predomin�ncia do poder
local ao longo dos dois primeiros s�culos de coloniza��o e uma rea��o
centralizadora no decorrer do s�culo XVIII.
A quest�o do poder na Col�nia n�o
deve e nem pode ser resumida � a��o estatal, pois o poder na col�nia possui
diversas formas e agentes, tanto na esfera p�blica como na privada, tendo-se
que levar em conta tamb�m as longas dist�ncias que tornavam ainda mais
dif�ceis de serem cumpridas as a��es centralizadoras do governo.