Kostr: o casamento viking
 

Johnni Langer
 
O casamento na Era Viking era essencialmente um contrato entre duas fam�lias. Segundo o historiador Jesse Byock, o kostr (�casamento�) solidificava alian�as grupais (vinfengi), evitava disputas e as temidas vingan�as de sangue.


O casamento de uma mulher solteira no mundo n�rdico era obtido pela negocia��o entre as duas fam�lias � a do futuro esposo e a do pai ou guardi�o da mulher. O kostr era organizado em duas etapas: o noivado e o matrim�nio (brullaup). A iniciativa partia do noivo ou de seu pai, que realizava a proposta para o pai ou guardi�o da noiva. Se este �ltimo ficasse satisfeito, o pretendente prometia pagar um pre�o pela noiva (mundr). Na Isl�ndia, o pre�o m�nimo seria 8 on�as de prata (1 on�a: 28,349 g), na Noruega 12. Em troca, o pai da noiva prometia levar o dote (heimanfylgja) ap�s o matrim�nio.


Tanto o pagamento pela noiva quanto o dote eram incorporados ao patrim�nio da mulher. Os dois homens (o noivo e o guardi�o) apertavam as m�os em frente a duas testemunhas e marcavam a data para a celebra��o do matrim�nio. O consentimento da mulher poderia ser consultado, mas geralmente isso n�o era necess�rio. Vi�vas tinham mais liberdade e respeito que as mulheres solteiras. Mas nem a idade nem a falta de virgindade eram empecilhos para o casamento.


O matrim�nio tomava a forma de uma festa, usualmente na casa da fam�lia da noiva. A uni�o era considerada judicialmente legal quando o casal tinha sido visto junto por pelo menos seis testemunhas. O vestido da noiva era preparado por jovens adolescentes de v�rias fam�lias, compreendendo bordados e detalhes vistosos. A noiva tamb�m usava uma coroa, geralmente de flores, adere�os de prata, cristais de rocha e bronze. An�is de ouro tamb�m eram de uso comum. Seis meses antes da festa, preparavam-se bebidas, entre elas o mjo�r (�hidromel�), advindo o termo �lua de mel� para o per�odo ap�s a celebra��o.


Na cerim�nia, eram comuns os rituais utilizando espadas ancestrais, com o noivo recitando sua linhagem e a sabedoria do cl�. Entre os karls/b�ndis (fazendeiros), era comum a utiliza��o do mj�llnir, o martelo de ��rr, para prover a fertilidade da noiva. O dia mais requisitado para a celebra��o era a sexta-feira, o dia de Frigg (�a bem amada�) � a esposa de ��inn, guardi� do lar, protetora da gravidez/maternidade e dos casamentos.



Bibliografia

BYOCK, Jesse. Viking Age Iceland. London: Penguin books, 2000. p. 132-135, 214-218.

BR�NDSTED, Johannes. Os Vikings. S�o Paulo: Hemus, [s.d.], p. 281-285.

GIBSON, Michael. Os Vikings. S�o Paulo: Melhoramentos, 1990. p. 42-43.

HAYWOOD, John. Encyclopaedia of the Viking Age . London: Thames and Hudson, 2000, p. 175-176, 210-211.

MARRIAGE. chapter XLIV. In: Viking Troth. Dispon�vel em:
www.thetroth.org/resources/ourtroth/weding.html





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