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Fórum - Mensagem |
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Os historiadores t�m mudado muito seu jeito de pensar j� a um bom tempo. Em parte isso � devido ao constante questionamento de seu of�cio, o que, segundo se acredita, leva-o a refinar melhor suas abordagens e seus conceitos. Uma quest�o que gerou grande mal-estar entre os historiadores principalmente a partir da d�cada de 1960 foi exatamente a quest�o da rela��o entre narrativa e hist�ria. A partir dos apontamentos de te�ricos de outras �reas (cito Hayden White, como exemplo, ao afirmar que a hist�ria nada mais seria do que um discurso narrativo em prosa, que se pretende um �cone do passado, buscando explica-lo atrav�s de sua representa��o), um grande clima de incerteza pairou sobre a oficina do historiador, j� que o que estava contestando era exatamente a correspond�ncia entre o discurso hist�rico e o (ou um) real. Essa discuss�o, entre outras correlacionadas, ganhou corpo e at� nos dias de hoje vemos docentes se degladiando em congressos e confer�ncias sobre a possibilidade (ou n�o) de uma hist�ria cient�fica. Em outras palavras, e finalmente chegando ao questionamento que gostaria de discutir com quem apresente interesse, � poss�vel nos dias de hoje se pensar em uma hist�ria cient�fica, ou essa � apenas mais uma ilus�o de nossa vaidade por conhecimento? |
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Muito interessante a discuss�o proposta pelo Marcos. Acredito que o que acontece � que o pensar e escrever Hist�ria est� em constante mudan�a, pois na verdade os historiadores buscam um aprimoramento cada vez melhor e cada vez mais condizente com a realidade do vivido nas diversas �pocas hist�ricas. O que quero dizer � que percebo que a produ��o historiogr�fica � feita a partir de determinadas posi��es de percep��o da sociedade que variam de �poca para �poca. E atualmente a retomada da narrativa hist�rica est� cada vez mais presente nos textos relacionados � Hist�ria. Por�m, o que percebo � que esta narrativa hist�rica n�o � uma narrativa simples, superficial e linear tal qual foi a narrativa combatida pelos Annales do in�cio do s�culo XX, e mesmo com seu precursor Henry Berr no dezenove; � uma narrativa que busca compreender melhor o fato que est� sendo narrado, problematizando-o e tornando mais interessante ao leitor. Isso faz com que a leitura de Hist�ria passe a ser mais prazerosa para pessoas n�o ligadas a ela, podendo assim citar as �timas obras de Carlo Ginzburg "o queijo e os vermes" e "o anadrilho do bem", onde ele romantisa de certa forma o vivido de uma �poca, por�m � uma narra��o que busca compreender profundamente a �poca hist�rica narrada. Enfim, na minha opini�o a narrativa que est� sendo retomada � uma narrativa de grande valor, que trar� � leitura de Hist�ria a aten��o de leigos e outros curiosos, al�m de agu�ar o gosto dos que j� trabalham com Hist�ria.
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Caro Egon:
Voc� atentou a um fator que eu n�o havia mencionado quando propus essa discuss�o. Por�m tamb�m � um fator a ser levado em conta. Atualmente os historiadores em suas obras t�m priorizado uma forma, digamos, mais leve de escrita. Isso em decorr�ncia de alguns fatores, como por exemplo, a necessidade de uma forma discursiva mais acess�vel a grande massa de leitores n�o especializados. Voc� citou Carlos Guinsburg e eu gostaria de acrescentar Eduardo Bueno, na s�rie de livros de boa escrita que escreveu sobre hist�ria do Brasil (e olha que ele nem historiador de forma��o �). Al�m da busca de uma forma discursiva mais leve, existe ainda a quest�o da imensa gama de objetos e documentos que passaram a ser alvo da aten��o dos historiadores. As formas de pensamentos, rela��es de poder, identidades culturais, etc., todos eles, embora possam ser analisados num patamar mais estrutural, perdem suas fei��es e especificidades se n�o levarmos em conta os eventos que permitiram suas ocorr�ncias. Essa discuss�o foi abordada de maneira interessante por Peter Burke, num artigo espec�fico sobre a narrativa no seu A Escrita da Hist�ria, onde ele apresenta um embate entre historiadores narrativos e estruturalistas. Embora eu reconhe�a que esse � um debate importante (e na minha opini�o longe de acabar) existe um outro debate em torno da narrativa: alguns pensadores influenciados principalemnte pela teoria liter�ria americana passaram a contestar o conhecimento hist�rico enquanto v�lido, pois ele seria uma contru��o do historiador (sujeito) a partir dos documentos, que tamb�m s�o contru�dos por outros sujeitos. A cr�tica incide portanto, no "elevad�ssimo" grau de subjetividade que os escritos hist�ricos carregariam. Como exemplo, cito um artigo do Dr Ant�nio Paulo Benatti (acho que ele conseguiu terminar o doutorado) intitulado Uma Fic��o Bem Documentada, onde o mesmo afirma, como o t�tulo do texto sugere, que � hist�ria � uma fic��o. Esse posicionamento desse e de outros te�ricos em parte � devido a uma tentativa de aproxima��o entre a hist�ria e a literatura realista. A partir da� come�ou-se a contestar a correspond�ncia entre a hist�ria e o passado real, j� que o passado seria uma constru��o. A esse respeito gostaria de debater mais especificamente com quem se interesse pelo assunto. Mas reconhe�o a import�ncia da quest�o levantada por voc� Egon.
Atenciosamente
Marcos Fernandes
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Partindo primeiramente de sua id�ia inicial, que seria se a hist�ria hoje em dia possui um car�ter cient�fico ou n�o, eu acredito que sim, possui. Parto do princ�pio de que a forma romantisada de produ��o historiogr�fica h� muito foi abandonada e � at� mesmo criticada por muitos, que s�o a grande maioria. � claro que ainda existem produ��es de textos de hist�ria arraigados no positivismo-historicismo, por�m essas s�o correntes que sofrem atualmente uma forte baixa de adeptos. � inclusive aqui que puxo um gancho para o que tinha dito anteriormente sobre uma volta da hist�ria narrativa, por�m com um cunho mais questionador. Jos� Carlos dos Reis possui uma excelente obra "Hist�ria entre a filosofia e a ci�ncia", que lida muito bem com este tema. Juntamente com as ci�ncias sociais, a hist�ria no s�culo XIX busca desvincular-se da filosofia, que at� ent�o era a guia mestra das ci�ncias at� ent�o existentes. A hist�ria inclusive busca se desvencilhar das demais ci�ncias humanas para se afirmar como uma ci�ncia exclusiva. Por�m, o que ocorre muitas vezes � que a hist�ria se utiliza de diversas �reas para seus estudos tais como sociologia, antropologia, psicologia, economia e etc., e isso pode gerar uma certa d�vida nas pessoas sobre o seu car�ter cient�fico. A partir da� j� podemos fazer uma conex�o com sua segunda id�ia sobre a hist�ria tratar de um passado constru�do por m�ltiplas subjetividades. Acho que � exatamente este o ponto central: o passado foi realmente constru�do, assim como o presente est� sendo. E � uma constru��o em conjunto, feita por todos os homens, com cada produ��o subjetiva exatamente pelo fato de estar sendo feita por um indiv�duo. Cabe a hist�ria portanto compreender o contexto do seu objeto de estudo fazendo associa��es com tudo que disser respeito a este. A grande quest�o � que n�o existem verdades absolutas, a hist�ria n�o pode ser regida por dogmas, portanto, existem sim interpreta��es subjetivas, por�m devemos peneirar tais interpreta��es porque � preciso um forte embasamento te�rico para que certo fato hist�rico seja realmente considerado como tal.
Egon Felipe
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Caro Egon
Muito me agrada seu interesse pelo tema.
Inicialmente gostaria de discordar em parte de voc� num ponto. A hist�ria romantisada n�o foi abandonada. Ela est� arraigada na subjetividade do historiador. Claro que atualmente procuramos n�o mais eleger her�is (deixamos um pouco de lado Dostoi�visk e sua teoria dos homens ordin�rios e extraordin�rios), mas estudamos temas que julgamos ter uma import�ncia social. Esse nosso julgamento do que � ou do que n�o � importante ser estudado j� apresenta nosso sistema valorativo. Assim, estudamos o que � importante e bom para a sociedade conhecer, pelo menos o que achamos ser bom. Nesse sistema valorativo est� incluso, invariavelmente, nosso ideal de sociedade e de homem e � nesse sentido que digo que a hist�ria ainda � um pouco romantisada. Claro que concordo com voc� que um determinado tipo de hist�ria, que os cr�ticos denominaram romantisada (do s�c. XVIII e XIX) foi praticamente abandonada pelos historiadores profissionais, mas ainda existe um car�ter rom�ntico em nossos escritos.
Em segundo lugar, como voc� bem lembrou, tanto o passado como o presente s�o constru�dos e existe uma grande variedade de discursos que visam dar sentido a essa constru��o coletiva, e esses discursos (talvez aqui esteja um problema digno de estudo) s�o tamb�m constru�dos e alterados. Quando propus a discuss�o, buscava questionar um desses discursos (que para um foulcaultiano seria um discurso normatizador) que afirma que o real n�o existe, e portanto n�o pode ser conhecido. Essa �, em �ltima inst�ncia, a premissa pela qual se orientam aqueles que afirmam a inexist�ncia do passado. Obviamente a pr�pria discuss�o sobre o real, al�m de ser alvo dos discursos acima mencionados, depende dos valores e experi�ncias que possu�mos, mas afirmar a sua inexist�ncia � algo preocupante (ao menos para o meu sistema valorativo).
Um outro discurso que busco questiona � o que afirma que, embora o passado possua uma existencia (portanto seja real) ele n�o � intelig�vel a n�s, homens do presente. Aqui entra a discuss�o das constru��es sobre constru��es: o historiador elabora sua obra (constr�i) a partir de documentos (tamb�m constru�dos por indiv�duos). Tal discurso afirma a n�o-inteligibilidade do passado por questionar a correspond�ncia entre os documentos e o real. Trocando em mi�dos: os indiv�duos que elaboraram os documentos n�o seriam suficientemente aptos a transmitir suas experi�ncias, e n�s, historiadores, somente poderiamos trabalhar com esses documentos imperfeitos e, consequentemente, nosso trabalho tamb�m seria imperfeito.O que eu acredito ser puro pedantismo dos cr�ticos dessa linha � que eles contestam a capacidade dos indiv�duos para produzir documentos com relativo grau de objetividade, tal como eles mesmos o fazem ao redigir suas cr�ticas, que tamb�m s�o documentos.
Mas a essa altura voc� ja deve estar se perguntando: e o que tem a ver a narrativa com tudo isso? Ora, ela foi a principal base para os ataques desses cr�ticos. O discurso narrativo nos lembra (talvez inconcientemente) a id�ia de literatura. Isso � um equ�voco. A narrativa � a base discursiva para os mais variados tipos de escrita, inclusive a hist�ria. Para deixar mais claro, a hist�ria �, invariavelmente, narrativa (embora esta possa aparecer em maior ou menor grau) pelo simples fato de que a temporalidade humana � percebida/concebida nos moldes narrativos, onde existe uma situa��o inicial, uma transforma��o e uma situa��o final. Claro que existem mais elementos numa narrativa (enredo, personagens, est.) mas a base temporal da narrativa � tamb�m, a base da no��o de tempo para a humanidade.
Assim, questionar o car�ter subjetivo da hist�ria e seu modo discursivo (a narrativa) em minha concep��o, � puro pedantismo.
Agrade�o novamente seu interesse pela discuss�o Egon, e aguardo suas cr�ticas.
Marcos Fernandes
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Para Marcos e Egon.
Acredito que os senhores discutem em circulo, pois o tratamento do outro dado por voc�s ainda est� no "objeto", enquanto que o historiador � o "sujeito".
Penso na Hist�ria como um dialogo intersubjetivo entre sujeitos. O historiador � t�o contador de historias quanto o outro (entenda-se como sujeito).
Ser� que a primazia de sentar num banco universit�rio por anos, confere ao historiador o papel de sujeito na rela��o com o outro? O outro � apenas um objeto?
Ser� que as historias que o outro conta s�o menos "cientificas"?
A Hist�ria como ci�ncia, a busca pela objetividade/verdade na historia, a aproxima��o do real... Enfim, essas e tantas outras buscas na historiografia, selaram o fechamento de muitas teorias historicas no proprio umbigo. Talvez se prestassemos mais aten��o no que Walter Benjamim, Habermas, Thompson, Leonardo Boff e outros dizem, o oficio do historiador seria bem menos cansativos nessas buscas por destinos para Hist�ria.
Um abra�o!
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Caro Daniel:
Acredito que tanto eu como Egon apreciamos seu interesse sobre o assunto, por�m acho que houve uma confus�o: em nenhum momento negamos o car�ter intersubjetivo do discurso hist�rico. Nesse sentido penso no texto de Francisco Falcon intitulado "A Identidade do Historiador", onde n�o apenas o historiador acad�mico (formado e preparado por uma institui��o para exercer o of�cio) mas o colecionador de hist�rias de sua localidade ou mesmo na��o, mere�em o t�tulo de historiadores, embora com graus de erudi��o distintos. Exatamente por possuir um grau de erudi��o distintos, acredito que historiadores e os "outros" como voc� chama, possuem rela��es distintas com a objetividade/verdade hist�rica. Os primeiros t�m essa rela��o mediada pela objetividade acad�mica, pautada pela argumenta��o formal e l�gica (e o pr�prio Thompson, como voc� citou, defende uma l�gica espec�fica para a hist�ria) enquanto os segundos geralmente envolvem-se de forma mais passional com a hist�ria. N�o que a paix�o seja algo necessariamente ruim aos escritos hist�ricos, mas deixar-se levar por ela pode tornar-se um problema.
Ao contr�rio do que o sr. pensa, n�o creio que as discuss�es sobre "a busca pela objetividade/verdade na historia, a aproxima��o do real" tenham selado "o fechamento de muitas teorias historicas no proprio umbigo". Creio que tais discuss�es ajudaram e ajudam muitos de n�s a melhor compreender o que fazem quando fazem hist�ria. Em verdade creio que tais discuss�es s�o fundamentais para os que se interessam por pesquisa hist�rica, uma vez que estamos tratando da hist�ria das id�ias sobre a hist�rica.
Obviamente concordo com o sr. ao afirmar que as id�ias de Benjamim, Thompson e Boff t�m muito a contribuir nesse processo de forma��o do historiador, por�m n�o s�o as id�ias desses autores mortas e, portanto, mere�em ser superadas. Essa � nossa inten��o aqui. Por isso, assim como voc�, acredito que a discuss�o n�o deva ser cansativa, mais estimulante para os pesquisadores e mesmo professore de hist�ria, mas como Edgar Morin afima, nunca podemos esquecer dos aspectos complexos das disciplinas, pois isso seria reduzi-las a dados prontos, o que a hist�ria, de longe, n�o �. Por isso a quest�o da narrativa fornece uma boa entrada para a discuss�o desses e outros aspectos que envolvem o discurso hist�rico.
Agrade�o seu interesse pela discuss�o e aguardo (aguardamos) suas cr�tica.
Um abra�o!
Marcos Fernandes
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Ol� a todos
Daniel, n�o acho que estamos aqui neste f�rum discutindo teorias e abordagens hist�ricas em v�o porque eu acredito que o crescimento do conhecimento se d� exatamente na busca em aperfei�o�-lo, no seu constante questionamento e cr�tica. Talvez se discuss�es como estas n�o ocorressem estar�amos escrevendo Hist�ria nos moldes de Her�doto. Logicamente, como bem disse o Marcos, tanto a forma de se narrar a hist�ria atrav�s de um embasamento acad�mico quanto por uma simples aprecia��o da hist�ria (simples aui sem ser de car�ter depreciativo) s�o importantes, o problema � que a segunda forma, por muitas vezes estar carregada de uma subjetividade incosciente gera problemas para interpreta��es posteriores dos fatos. Ou seja, a discuss�o em todos os campos do saber sobre teorias, mostrando pr�s e contras � sempre muito v�lida e entusi�stica, pelo menos para mim e para muitos que conhe�o. O saber hist�rico n�o est� pronto e acabado e acredito que nunca vai estar, porque mesmo a busca pela objetividade sempre existir�o pontos de vista diferentes e contr�rios diante dos diversos paradigmas existentes e os que ainda podem surgir. Dando um exemplo fora do �mbito da Hist�ria e partindo para a Qu�mica, por exemplo, podemos citar as diversas teorias sobre o �tomo e seus componentes, de Thomson, Borr a Rutheford, ou seja, nenhum deles ficou parado e sem questionamento diante das teorias propostas por eles mesmos, o sucessor do outro sempre buscou um aprimoramento do antecessor. Agora Marcos, com rela��o ao seu pen�ltimo post, como eu bem quis deixar claro, obviamente sei e concordo com vc quando vc disse que ainda existe na atual historiografia um car�ter rom�ntico, pois inclusive eu acredito que a subjetividade ela � t�o intr�nseca ao homem que quando um historiador vai escrever sobre um certo tema, ele adota a corrente hist�rica que mais lhe agrade, ou seja, est� a� mais do que provado a subjetividade pujente existente no homem. Foi exatamente a� que eu me referi a narrtiva hist�rica sendo retomada, por�m n�o nos moldes do s�culo XVIII e XIX, mas sim aprimorada as atuais teorias, articulando-se com um car�ter mais questionador e problematizante, sem uma mera narra��o de fatos e acontecimentos. Espero coment�rios e desde j� ressalto que tenho grande prazer em discuss�es sobre historiografia, sempre que poss�vel debatendo sobre temas pertinentes ao assunto.
Egon Felipe
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Daniel da Silva Klein |
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10/03/2004 23:24:39 |
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Ol� grandes camaradas Egon e Marcos. Primeiramente gostaria de agradecer a ambos por me deixarem entrar na ciranda do debate, pois o debate � de suma import�ncia para os historiadores.
Quando me intrometi queria dizer que o oficio do historiador � contar historias, e que estas n�o s�o t�o diferentes assim das narrativas pessoais. Talvez pode-se alegar o empirismo logico para separar a historiografia acad�mica das narrativas pessoais, agora alegar que os historiadores s�o mediados "pela onjetividade academica" (Marcos) � algo que n�o aceito, pois a objetividade pode ser medida pelas regras da ABNT? Ou a maneira organizada de se realizar uma pesquisa?
Talvez � por olharmos as historias n�o acad�micas cheias de "uma subjetividade inconsciente" (Egon), � que tratamos o popular por "massa", como fizeram muitos de nossos sucessores. Vejo assim, pois acredito nas vontades humanas, pois a raz�o n�o responde as quest�es abertas da Hist�ria e dos oficios do historiador.
Um abra�o a todos! E que todos continuem no debate sobre Hist�ria em todo lugar...
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