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Livro: |
A inven��o do restaurante |
Autor(es): |
Rebecca Spang |
Editora: |
Record |
Ano: |
2003 |
Nº de páginas: |
435 |
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Por que existem restaurantes? Por que as pessoas passaram a considerar a refei��o como um passatempo agrad�vel e n�o mera necessidade? Desde quando alimenta��o se transformou em lazer? Para achar as respostas a essas perguntas, Rebecca Spang - vencedora do pr�mio Thomas J. Wilson, concedido pela Harvard University Press, e do pr�mio Louis Gottschalk, conferido pela Sociedade Americana de Estudos do S�culo XVIII - leva o leitor at� a Fran�a do s�culo XVIII. A inven��o do restaurante analisa uma peculiaridade do card�pio da culin�ria francesa pr�-revolucion�ria. A essa altura, restaurante era um consom� quase medicinal. Seu principal objetivo era restabelecer, restaurar, a for�a dos doentes.
Durante as d�cadas de 1760 e 1770, os mais sens�veis ou doentes tornavam p�blica sua condi��o indo a novos estabelecimentos, chamados restauraters rooms. Ali permaneciam, calmamente, aproveitando o caldo restaurador servido. Em 1790, no entanto, o restaurante passou a ser visto como decadente e corrupto. As mesas da Revolu��o eram locais para uma hospitalidade politicamente correta e um apetite frugal era tido como contra-revolucion�rio. Os restaurantes, antes vistos como provedores de comida saud�vel, passaram a posar como um s�mbolo da gan�ncia da aristocracia.
"A inven��o do restaurante" acompanha a trajet�ria dessa id�ia e mostra como o restaurante se transformou de algo PARA se comer em algo ONDE se comer. Um local de reuni�o e troca de informa��es, muito diferente das tabernas onde n�o havia card�pio e as refei��es eram simples. Pratos para saciar o corpo, mas n�o o esp�rito. O livro de Spang mostra a transi��o entre essas institui��es a partir da queda da Bastilha. A autora trata da Revolu��o Francesa, na mesa e fora dela. Sua influ�ncia na pol�tica, na cultura e, principalmente, nos costumes.
O livro mostra como os franceses, em especial os parisienses, inventaram a cultura moderna da comida. Metamorfoseando sua vida social e, a reboque, a do resto do mundo. Segundo Spang, a partir do s�culo XIX, o restaurante se transformou numa arena segura para a transi��o da monarquia para a democracia. O aparecimento de um g�nero liter�rio at� ent�o desconhecido, a literatura gastron�mica, conferiu status a pratos como ostras e champanhe e atraiu a aten��o de turistas. Americanos e ingleses iam � capital francesa para descobrir os segredos de sua sofistica��o em seus restaurantes.
A inven��o do restaurante estabelece o restaurante como uma interse��o entre os espa�os p�blico e privado na cultura francesa. O primeiro local p�blico onde as pessoas v�o para se isolarem.
Rebecca L. Spang � conferencista de Hist�ria Europ�ia Moderna na Universidade College London. � autora de "Gothic Gastronomics: An Annotated Translation of Grimod de La Reyni�re�s �Almanach des gourmands�".
Release da editora
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