Miss�es jesu�tico-guaranis: tempo, espa�o e representa��es |
Andr�a M. D. Severo
|
|
1. Apresenta��o
|
O objetivo deste trabalho � problematizar sobre os pressupostos que nortearam a institui��o das express�es art�sticas nas miss�es platinas no s�culo XVII, buscando os referentes hist�rico-culturais que nortearam a atribui��o de finalidades pedag�gicas �s artes, desde a antig�idade cl�ssica, e que posteriormente s�o retomados por S�o Tom�s de Aquino e amplamente discutidos por te�logos da Igreja Cat�lica desde o s�c. XIV, incorporando valores pol�ticos e laicos a uma concep��o de arte religiosa que se define melhor a partir de meados do s�c. XVI.
Considerei a proposta jesu�tica, como parte de prop�sitos civilizacionais Ib�ricos em rela��o �s col�nias americanas, bem como de um ide�rio religioso e institucional da Igreja Cat�lica naquele per�odo, como uma proposta est�tica que envolvia valores morais, pol�ticos, religiosos e art�sticos. Entretanto, segundo R�gis Debray (1992) , a imagem � sempre representativa porque representa alguma coisa para quem olha, e assim, existem maneiras de ver e de sentir que se relacionam n�o apenas a percep��o, mas a viv�ncias e experi�ncias associadas tamb�m a um lastro cultural. Logo, as maneiras de olhar influem nos sentidos atribu�dos �s imagens em um determinado contexto. E nas Miss�es h� uma maioria de �ndios, sob a orienta��o de uns poucos padres. Por isso, busco problematizar sobre a arte missioneira em um contexto marcado pelos processos de constru��o sobre as identidades sul-americanas e sobretudo platinas, nos quais as interpreta��es ind�genas pouco aparecem.
|
|
|