Atualizado em 30 de maio de 2004
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Ensaios e Artigos

Contribui��es do estudo da cultura material para a discuss�o da hist�ria da coloniza��o da Am�rica do Sul *


Pedro Paulo A. Funari

Antes de mais nada, gostaria de come�ar esta confer�ncia agradecendo ao convite, que me foi feito, de dissertar, esta noite, sobre um tema relacionado � problem�tica geral deste evento sobre "Cultura e Movimentos Sociais". Em um encontro como este, de car�ter interdisciplinar, pareceu-me apropriado tratar de uma tem�tica j� bastante conhecida, as caracter�sticas da coloniza��o do continente sul-americano, enfatizando, por�m, uma categoria de documenta��o ainda pouco explorada entre n�s, a cultura material. A cultura material, que pode ser definida como todo o universo de coisas que perfazem a vida em sociedade, constitui objeto de investiga��o de diferentes pesquisadores, a come�ar, naturalmente, pelos arque�logos hist�ricos, mas, na verdade, abrangendo uma pletora de campos afins, como a Hist�ria da Arte, a Hist�ria da Arquitetura, os estudos do patrim�nio, sem contar a Antropologia, a Hist�ria e as Ci�ncias Humanas em geral. Meu objetivo, nesta exposi��o, ser�, em certo sentido, did�tico, ao apresentar pesquisas recentes que podem lan�ar luz sobre diversos aspectos da coloniza��o contrastante das Am�ricas Hisp�nica e Portuguesa, mas, tamb�m, incluir� uma proposta de hermeneutica da Hist�ria e cultura americanas a partir da cultura material(1), �capaz de elucidar t�o bem o passado�, nas palavras recent�ssimas de R. Graham e S. Graham (2).


A Arqueologia Hist�rica, como disciplina que estuda as sociedades com contrastes de classe a partir, em primeiro lugar, das evid�ncias materiais, desenvolveu-se apenas recentemente. Nos Estados Unidos a disciplina iniciou-se na d�cada de 1960 mas, na Am�rica do Sul, apenas difundiu-se nos �ltimos quinze anos, como resultado do triunfo da democracia liberal, desde meados da d�cada de 1980, pois, durante o per�odo de ditadura militar, regimes autorit�rios n�o apoiavam estudos arqueol�gicos do per�odo hist�rico, j� que, quase inevitavelmente, estudar-se-ia a vida da gente comum. A Arqueologia Hist�rica desenvolveu-se de maneira muito desigual, nos diferentes pa�ses da Am�rica do Sul. Como essa disciplina, tradicionalmente, centrou sua aten��o nos restos europeus, n�o surpreende que tenha se desenvolvido naqueles pa�ses cujas identidades nacionais estejam mais diretamente ligadas � Europa, como � o caso da Argentina, Uruguai e Brasil.


A Arqueologia urbana � um campo de pesquisa que tem se destacado. Diversos s�tios urbanos foram escavados e, mesmo se na maioria dos casos, n�o � poss�vel reconstruir o contexto urbano como um todo e suas mudan�as com o tempo, as escava��es produziram evid�ncia material que pode ajudar a um melhor entendimento da cidade na Am�rica do Sul. Al�m disso, gra�as a m�todos n�o destrutivos, como levantamentos de superf�cie, o estudo de mapas antigos e outros materiais iconogr�ficos, tem sido poss�vel propor meios de compreens�o da cultura material urbana em diferentes contextos hist�ricos e geogr�ficos. Em termos gerais, devemos diferenciar as cidades hisp�nicas, caracterizadas por sua localiza��o planejada das ruas e dos edif�cios p�blicos, que se baseia em um quadriculado, das cidade portuguesas, antes de mais nada um amontoado medieval de casas que seguem as curvas das eleva��es(3). Esta oposi��o existia j� na Pen�nsula Ib�rica, onde a indep�ndencia precoce do Portugal foi mantida e refor�ada pela diferencia��o em rela��o a Castela, primeiro, e � Espanha, depois. Embora a maioria dos analistas chame aten��o para a inven��o da l�ngua portuguesa, a partir do Galego, como uma maneira de manter a identidade de Portugal, este n�o foi, provavelmente, a caracteri�stica distintiva subjetiva principal, no per�odo final da Idade M�dia, pois l�nguas diferentes continuaram a ser usadas naquilo que seria a Espanha, e isto por muitos s�culos, at� o presente. Diversas diferen�as culturais foram patrocinadas pela coroa portuguesa, n�o menos importante tendo sido a manuten��o do padr�o medieval de assentamento urbano, em claro contraste com a introdu��o do moderno planejamento urbano, por parte da coroa espanhola.


Os documentos do per�odo colonial descrevem, em textos e ilustra��es, o contexto urbano hisp�nico, ordenado e previs�vel, com cidades reproduzidas em diferentes lugares do Novo Mundo, se poss�vel em �reas planas. A col�nia portuguesa, ao contr�rio, teve assentemantos urbanos em colinas, com casas e ruas nas encostas, criando uma mir�ade de cidades diversas. As cidades hisp�nicas foram constru�das por meio do acr�scimo regular de manzanas, conjutos regulares de casas e pra�as. Os portugueses n�o tinham quarteir�es, o plano da cidade era um arruamento, termo medieval que deriva de ruga, como rugas que ocupavam um terreno irregular. A Am�rica Hisp�nica fundou-se nas cidades, de tal forma que nos primeiros cem anos de coloniza��o, j� havia 225 cidades hisp�nicas, alcan�ando o impressionante n�mero de 330, em 1600. Essas cidades obedeciam �s ordena��es espanholas quanto �s suas caracter�sticas: o assentamento era xadrezado e centrava-se na pra�a em que os edif�cios de justi�a, administra��o e religi�o se localizavam. A distribui��o dos habitantes tamb�m era regulada, sendo os vecinos, ou cidad�os, e habitantes estariam em locais distintos. No centro, em torno � plaza mayor, tinham casa os colonos mais importantes, ainda que os servi�ais, �ndios e negros, habitassem a mesma �rea. A maioria dos habitantes era classificada como pleb�ia, incluindo uma variedade de �ra�as�, estabelecidas por diferen�as de status, cor da pele e apar�ncia geral, vivendo, pois, a popula��o comum nos quarteir�es perif�ricos.


Santa Fe la Vieja �, provavelmente, o melhor exemplo de uma cidade colonial hisp�nica antiga, na Am�rica do Sul, que tenha sido objeto de pesquisa arqueol�gica. Foi uma cidade fundada perto do Rio da Prata, em 1573, e seu plano urbano foi, depois, reproduzido em Buenos Aires, quando esta foi definitivamente fundada, em 1580, de maneira que buscar Santa Fe la Vieja � como encontrar uma Buenos Aires desaparecida. O xadrezado introduzido nas Am�ricas por Nicol�s de Ovando em Santo Domingo, em 1502, serviu como modelo para a maior parte das cidades hisp�nicas, incluindo-se a� Santa Fe la Vieja, sendo, na verdade, tornado lei por Filipe II, no mesmo ano de 1573. Tr�s edif�cios eram estabelecidos por essa ordena��o: a Plaza Mayor, Iglesia Mayor e Cabildo (c�mara municipal). Santa Fe la Vieja alcan�ou um �pice de 500 habitantes, mas foi afetada por inunda��es freq�entes e a c�mara municipal decidiu, em 1660, transladar toda a cidade para um local melhor, ainda que reproduzindo o tra�ado original, fundando a moderna cidade de Santa Fe(4).


Santa Fe la Vieja oferece, assim, uma oportundade �nica de estudar uma cidade abandonada, de uma maneira que seria imposs�vel em uma cidade em uso normal por centenas de anos, como � o caso de outros assentamentos hisp�nicos. Como a cidade foi abandonada, os edif�cios foram, gradativamente, sendo destru�dos pelo vento e pela chuva, mas ainda nas �ltimas d�cadas do s�culo passado havia restos vis�veis do antigo s�tio. Depois, o local n�o foi mais identificado e, em 1948, a Assembl�ia Provincial varou uma lei exigindo a localiza��o da antiga cidade e Zapata Goll�n encontrou-a e a escavou, em 1949. Desde ent�o, escava��es produziram material arqueol�gico, principalmente, restos humanos e cer�mica(5).


O estudo da distribui��o espacial dos fragmentos cer�micos permitiu distinguir os quarteiros centrais e perif�ricos da cidade da seguinte maneira:


Quarteir�es Centrais: 48%(Produ��o local); 51%(Importa��es hisp�nicas); 1,2%(Outras importa��es)
Perif�ricos: 100%(Produ��o local)

H� quatorze tipos diferentes de cer�mica na �rea central, mas apenas tr�s na periferia e, aparentemente, a produ��o local servia tanto os que habitavam uma �rea como a outra. Aqueles que estudaram esses dados interpretaram-nos como o resultado de um tipo de vida hisp�nico espec�fico, em oposi��o �quele brit�nico, representando uma tend�ncia ib�rica de incorpora��o, caracterizada, em primeiro lugar, pela inclus�o das mulheres locais nas casas da elite, como servi�ais, mas, tamb�m, como esposas. � prov�vel que ind�genas, negros e mestizos deveriam comportar-se como bons espanh�is, falar castelhano, arrumar a cama, tecer roupas ao estilo europeu, preparar comidas espanholas e, assim, usar a cultura material europ�ia. Entretanto, o estudo da cer�mica de Santa Fe la Vieja n�o nos fornece dados suficientemente claros sobre o grau de �acultura��o� e h� bons motivos para pensar que o uso geral de cer�mica local est� a indicar a import�ncia da cultura material local para os citadinos, em geral. Se a cidade, enquanto ordena��o do espa�o, constru�da segundo a lei hisp�nica, formando a mente de todo habitante, a cer�mica local poderia, tamb�m, ser um contradiscurso, produzido pela gente comum, transmitindo e expressando uma sentimento de participa��o em uma sociedade colonial, por meio do uso de potes n�o-europeus para cozinhar alimentos nativos.


Colonia del Sacramento, hoje uma cidade uruguaia tombada como patrim�nio hist�rico, � um outro exemplo �nico, pois foi fundada pelos portugueses, em 1680, diante de Buenos Aires, na outra margem do Rio da Prata, como uma maneira de garantir uma base estrat�gica. A despeito da rea��o das autoridades espanholas de Buenos Aires, e o governo hisp�nico entre 1705 e 1715, o assentamento portugu�s floresceu entre 1715 e 1777, quando a cidade foi destru�da, em seu �pice. A Arqueologia da cidade centrou-se no Pal�cio do Governador, na Igreja e no Cemit�rio, bem como em algumas ruas, e produziu evid�ncia material na forma de cer�mica e restos de comida. Descobriu-se que os portugueses consumiam animais n�o-domesticados, em primeiro lugar pescado, mas tamb�m aves, veados e gado comum europeu. A cer�mica usada em Colonia provinha de diferentes pa�ses, mas vasos guaranis eram tamb�m comuns, como tamb�m a mesclada, que combinava t�cnicas pr�-hist�ricas e estilos europeus, como no caso de cer�mica com al�as e tampa. � interessante notar que a Colonia hisp�nica, fundada sobre os restos da cidade portuguesa, n�o segue o tra�ado original, em claro corte, em rela��o aos conceitos urbanos adotados pelos portugueses(6).


Do outro lado do Prata, Buenos Aires, desde o in�cio, estava em boa posi��o para tornar-se uma importante sede de governo, inicialmente sede do Governador e, desde 1776, do Vicereinado. A cidade cresceu contiuamente, e na d�cada de 1880 Buenos Aires experimentou uma febre construtiva, no curso da qual a maior parte da arquitetura colonial hisp�nica foi substitu�da por edif�cios de estilo parisiense, nas primeiras d�cadas deste s�culo, e a capital argentina sofreu muitas modifica��es, por exemplo com a constru��o de um dos primeiros metr�s do mundo. Como uma megal�polis, as pesquisas arqueol�gicas restringem-se bastante, mas ainda h� muito que se pode dizer a cultura material urbana da cidade. Como j� foi mencionado, seu plano seguia as determina��es espanholas e mesmo com suas muitas expans�es, sempre respeitou a l�gica do seu xadrezado original.


O estudo arqueol�gico de Buenos Aires desenvolveu-se, desde a restaura��o do poder aos civis, na d�cada de 1980, principalmente pelo interesse dos arquitetos e seguiu, por isso mesmo, um quadro anal�tico origin�rio na Arquitetura e no Urbanismo(7). Buenos Aires tem sido considerada como um imenso s�tio-cidade, estudado por meio de escava��es de salvamento limitadas. Talvez a melhor maneira de avaliar a contribui��o do conhecimento da cultura material seja um estudo de caso, a Imprenta Coni, um s�tio que produziu a seguinte evid�ncia cer�mica:


Cer�mica de estilo ind�gena: 10,6%
Mesclado: 25,7%
Mai�lica: 38,2%
Cream & Pearwares: 16,5%
Comum (espanhola?): 6,7%

Em outros levantamentos, na mesma �rea, a cer�mica ind�gena chegou a atingir porcentagens ainda mais altas, 23,04% e Sch�velzon(8)interpretou as diferen�as de modo cronol�gico:


Ind�gena: 1580-1800
Mesclada: 1590-1800
Mai�lica: 1580-1800
Vasos de azeite: 1580-1850
Creamware: 1750-1800
Pearware: 1800-1850
Stoneware: 1830-1900
Whiteware: 1890-1900

A ocupa��o da �rea pode ser dividida em quatro fases sucessivas, a primeira delas sem restos arquitet�nicos claros (1580-1730), seguida de uma contru��o humilde, a Casa Rodr�guez (1730-1822), cuja demoli��o permitiu a constru��o da Casa Goyena (1822-1884); depois, a Imprenta Coni, fundada em 1884-5, mudou o car�ter da ocupa��o, de dom�stica para industrial. No per�odo inicial, a cer�mica ind�gena prevalecia, sendo sucedida pela cer�mica local, que mesclava caracter�stica ind�genas e europ�ias, com umas poucas importa��es. A Casa Goyena, de elite, com telhas vidradas, usava pearlware, enquanto a f�brica � conhecida por seus vest�gios arquitet�nicos. H�, assim, uma clara tend�ncia, do ind�gena para o mesclado e, da�, para o europeu, do pr�-moderno ao moderno, do local ao internacional, e constitui uma boa prova material da europeiza��o pregada pelas elites do final do s�culo XIX. Entretanto, � tamb�m verdade que a �rea encontrava-se sempre mais em contato com o centro da cidade e, por isso, n�o dever�amos ler essa mudan�a como uma simples ado��o de tra�os culturais europeus, mas como o resultado de uma sucess�o de ocupa��es por elementos sociais superiores. � sintom�tico que a imprensa assinala o �pice da identifica��o com a Europa, na Argentina, j� que era uma ind�stria compar�vel �s mais modernas do mundo, naquele momento, e a imprensa era, em si mesma, um potente s�mbolo de modernidade e pretens�o intelectual. A �nfase de Sch�velzon nas mudan�as trazidas pelo s�culo XIX, nesta �rea, poderia ser extendida para Buenos Aires, como um todo, j� que ind�genas e mesti�os e suas culturas, que haviam prevalecido no per�odo colonial, estavam sendo submetidas a um processo de �acultura��o� patrocinada pelo nascente Estado Nacional. Aparentemente, os restos materias parecem confirmar que esta pol�tica foi bem sucedida, mas a continuidade do uso de vasos de azeite, desde o in�cio at� meados do s�culo, poderia indicar que o processo de negocia��o era mais complexo do que se imagina, pois a gente comum podia produzir uma cultura sincr�tica. Neste caso, podia haver um c�digo semi�tico mesclado no qual ind�gena, mesti�o e europeu eram partes indistingu�veis de um continuum. O uso de recipientes de azeite, desde o come�o, poderia, assim, ser interpretado como a manuten��o de alguns h�bitos mesti�os por um longo per�odo, unido ind�genas, colonos e seus prov�veis descendentes, em um modo espec�fico de vida.


A Arqueologia das cidades portuguesas na Am�rica n�o se desenvolveu tanto, por diversos motivos, n�o sendo o menor a falta de interesse pelas coisas antigas, em nosso meio, e a busca constante da modernidade. A imagem do Brasil � a da capital federal, cidade ex novo, sem passado. As cidades antigas, como S�o Paulo ou Rio de Janeiro, pouco fazem para preservar ou escavar seus vest�gios materiais. No entanto, as cidades coloniais, como Ouro Preto, patrim�nio da humanidade, foram estudadas por arquitetos e historiadores da arte. Nessas cidades, todas estabelecidas em colinas, as ruas curvas n�o permitiam aos habitantes enxergar muito longe ou ter uma id�ia clara do tra�ado da cidade, absolutamente irregular. A localiza��o dava-se pelas Igrejas, compostas de duas estruturas b�sicas: uma capela retangular e uma torre para o sino, a primeira com telhado de duas �guas e as segunda sendo, em geral, duplicada, com uma torre de cada lado. A sociedade era dominada pela Igreja, nos dois sentidos, como institui��o cujas regras eram aceitas como naturais, e como forma f�sica, o edif�cio da Igreja, espalhado pelo tecido urbano e conformando as paisagens reais e imagin�rias(9).


A arquitetura e a decora��o das Igrejas era, no per�odo colonial, o foco da aten��o das pessoas, recriando, no Novo Mundo, uma atitude medieval de rever�ncia, em rela��o � autoridade eclesi�stica. �, pois, natural que o estudo da cultura material das cidades coloniais se tenha concentrado nas Igrejas. O melhor exemplo � o estudo de Aleijadinho (1730-1814), cuja complexidade estil�stica come�a com sua interpreta��o criativa dos modelos europeus, que conhecia apenas indiretamente, pelo uso de ilustra��es. A Igreja de S�o Francisco, em Ouro Preto, atribu�da a Aleijadinho, permite perceber melhor a dial�tica da influ�ncia europ�ia e a compreens�o local, pois a arquitetura erudita barroca era, no contexto colonial, interpretada e reinventada.



Notas

* Texto publicado em: Algumas contribui��es do estudo da cultura material para a discuss�o da Hist�ria da coloniza��o da Am�rica do Sul. Tempos Hist�ricos, Cascavel, 1, 1999. p.11-44.

(1) Esta confer�ncia representa uma reelabora��o, em portugu�s e com modifica��es, de parte do cap�tulo Historical Archaeology in South America, cap�tulo do International Handbook of Historical Archaeology, organizado por Teresita Majewski e Charles E. Orser, Jr, a ser publicado, em 1998, pela Plenum Press, de Nova Iorque.

(2) In: �Impress�es do eu no imp�rio�, resenha de Hist�ria da Vida Privada no Brasil, vol. 2, Jornal de Resenhas, 11/10/97, referindo-se � aus�ncia de uso da cultura material e ao ponto vista das elites, adotado em diversos cap�tulos.

(3) Hollanda, S.B. de. Ra�zes do Brasil. Rio de Janeiro: Jos� Olympio, 1984.; M. Marx. Nosso Ch�o: do sagrado ao profano. S�o Paulo: EDUSP.

(4) Cf. Zarankin, A. Arqueolog�a Hist�rica Urbana en Santa Fe la Vieja: el final del principio. Columbia: The University of South Carolina Press, 1995.

(5) Senatore, M.X. Tecnolog�as nativas y estrategias de ocupaci�n espa�ola en la regi�n del R�o de la Plata. Columbia: The University of South Carolina, 1995.

(6) Fusco, S. Colonia de Sacramento, un relevamiento sistem�tico en la zona urbana, Bolet�n de Arqueolog�a, 2, 31-41.

(7) Sch�velzon, D. La Arqueolog�a Urbana en la Argentina. Buenos Aires: Centro Editor de Am�rica Latina, 1992.

(8) Sch�velzon, D. Arqueolog�a e historia de la Imprenta Coni. Buenos Aires: Columbia, The University of South Carolina, 1994. p.41.

(9) Machado, L.G. Barroco Mineiro, S�o Paulo: Editora Perspetiva, 1978.


Bibliografia

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