Tlachtli: esporte ou ritual de sangue?
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Danilo Jos� Figueiredo
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1. Introdu��o
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Desde que entrei em contato pela primeira vez com o conhecimento de que houve um dia uma alta cultura na Am�rica antes de seu descobrimento e conquista pelos europeus, tornei-me um apaixonado e aficionado desses povos. � verdade que quando soube pela primeira vez algo mais profundo sobre estes povos estava ainda na 6� s�rie do Ensino Fundamental e, sendo assim, n�o pude compreender perfeitamente tudo o que representaram estas civiliza��es.
Mais tarde, em 1999, quando iniciei o curso de Hist�ria, tive a sorte de ter aulas com um dos maiores especialistas do mundo na cultura Inca: o antrop�logo Dr. Rodrigo Montoya, da Universidade de San Marcos, no Peru. Os conhecimentos do professor Montoya suscitaram ainda mais a sede de saber em mim e, sendo assim, desde ent�o passei a ler tudo o que encontrava acerca dos povos Mesoamericanos e Andinos.
Na primeira edi��o de Klepsidra, em abril de 2000, escrevi um texto sobre a civiliza��o Inca (Tawantinsuyu: o Imp�rio Inca), na �poca a civiliza��o com a qual eu mais estava familiarizado. Posteriormente, escrevi um texto sobre a civiliza��o Asteca (Astecas: uma Rep�blica confundida com Teocracia) e, devido � pesquisa que me obriguei a fazer para confeccionar este texto, passei a conhecer melhor as civiliza��es da Mesoam�rica. Deste conhecimento, uma das coisas que mais me encantou foi, certamente, o Tlachtli, o jogo de pelota tradicional daquela regi�o e comum a todos os povos que a habitaram.
Meu interesse pela cultura Mesoamericana cresceu tanto nos �ltimos anos que, no �ltimo m�s de julho, m�s de f�rias, aproveitei para ir conhecer pessoalmente os s�tios arqueol�gicos mexicanos. Dessa viagem, de quase vinte dias, trouxe muitas fotos (muitas das quais ilustram esse texto) e um conhecimento ainda mais aprofundado (pela visita in loco e pela aquisi��o de muitos livros produzidos no pr�prio M�xico) sobre aquela regi�o.
Parte do conhecimento adquirido nessa viagem se reverte agora nesse texto sobre o Tlachtli, e o restante ser� transformado em textos acerca dos maias e dos olmecas, mas isso ser� para as edi��es posteriores.
Como sempre, quero alertar a todos que apesar de minha paix�o pela regi�o, esta � uma obra introdut�ria, feita por um estudante quartanista de Hist�ria, mas que n�o visa ser completa e nem se esgotar em si mesma, apenas proporcionar �queles que nada sabem sobre o assunto um bom conhecimento, que pode, inclusive lev�-los a se interessar pelos povos da Am�rica Pr�-Colombiana, al�m disso, mesmo para os que j� t�m alguma base sobre o tema, as informa��es aqui apresentadas podem n�o ser totalmente in�teis, visto que as apresento segundo a minha vis�o, que, mesmo podendo ser falha, � �nica.
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