Discurso de Gettysburg (19/11/1863) |
Gilson Gustavo de Paiva Oliveira
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Entre 1� e 3 de julho de 1863 mais de 150.000 homens lutaram na Pensilv�nia a batalha decisiva da Guerra de Secess�o, a Batalha de Gettysburg. Durante esses tr�s dias, cerca de 50.000 homens foram perdidos de ambos os lados e com a vit�ria da Uni�o, os confederados foram obrigados a recuar e at� o final da guerra nunca mais fizeram uma nova ofensiva.
Alguns meses depois, em 19 de novembro, o governo estadunidense inaugurou o Cemit�rio Nacional de Gettysburg para homenagear os mortos na batalha. O presidente, Abraham Lincoln, esteve presente � inaugura��o e quase no final da cerim�nia pronunciou um pequeno discurso de cerca de dois minutos. Segundo os estudiosos norte-americanos, o Discurso de Gettysburg � um dos mais bonitos discursos de Lincoln e dos Estados Unidos.
H� oitenta e sete anos, os nossos pais constru�ram, neste continente, uma nova na��o, concebida em liberdade, e consagrada � proposi��o segundo a qual todos os homens s�o criados iguais.
Agora, n�s estamos empenhados numa grande guerra civil, para comprovar se uma na��o, ou qualquer na��o assim concebida, pode perdurar longamente. N�s estamos reunidos num grande campo de batalha dessa guerra. Viemos para consagrar uma parte desse campo, em sua qualidade de lugar de repouso final daqueles que aqui deram suas vidas para que a na��o pudesse viver. � de todo adequado e pr�prio que fa�amos isto.
Todavia, em sentido mais amplo, n�o podemos dedicar, n�o podemos consagrar, n�o podemos reverenciar este ch�o. Os denodados homens, vivos e mortos, que combateram aqui, j� o santificaram, colocando-o muito acima do nosso poder de acrescentar ou subtrair. O mundo notar� pouco, nem se lembrar� por muito tempo, daquilo que n�s dizemos aqui; mas n�o poder� esquecer-se nunca do que eles fizeram neste lugar. Somos n�s, os vivos, ao contr�rio, que devemos ser aqui consagrados � obra inacabada que eles, os que aqui batalharam, por essa forma t�o nobremente fizeram avan�ar. Somos n�s, ao contr�rio, que devemos aqui ser consagrados � grande tarefa que resta diante de n�s, para que, destes venerados mortos, aufiramos devo��o aumentada, para que n�s aqui resolvamos magnanimamente que estes mortos n�o tenham morrido em v�o, para que esta na��o, sob a prote��o de Deus, venha a ter um novo nascimento de liberdade, e para que o governo do povo, pelo povo, para o povo, n�o pere�a, nem desapare�a da face da terra.
Bibliografia
WILLIAMS, T. Harry. A mensagem de Lincoln: sele��o de discursos, cartas e outros escritos do grande l�der da democracia. S�o Paulo: Ibrasa, 1964. p.245-246.
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