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Figueiredo |
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N�o... sei ainda como definir o senhor Jo�o Figueiredo. Sob o aspecto interno... Lembro bem do seu governo, no qual conviveram em clima de plena disputa as for�as do Regime Militar... De um lado, os civis e militares relacionados com a denominada Abertura. Do outro, os civis e militares afins � manuten��o da ordem... eu diria... mediciana... O papel do Jo�o Figueiredo foi.. fundamental... para a Hist�ria recente do pa�s... Talvez, algum dia... n�s... historiadores... fa�amos justi�a � sua figura. Soube transformar-se... muitas vezes, � claro, levado por mar�s a ele estranhas... de um militar carrancudo, de �culos escuros, temido... em um popular "Jo�o". A sua constru��o de um governo de, mais das vezes, extens�o da trajet�ria tra�ada e definida por Geisel e seus pares outros... � muito n�tida. Acabou violentamente atingido pelo pr�prio processo... Teve... em meio �s suas grosserias sinceras e sinceridades grosseiras... atitudes que deixam-me pensativo... por vezes pasmo. O enterrar da sua popularidade veio... com o gesto que mais horror causou... e, a meu ver, representa uma grandeza que a sua fei��o e as suas palavras est�pidas n�o refletiram. Quando uma bomba imbecil, levada por pulhas criminosos, relacionados � canalha que infestava o pa�s... explodiu no colo de um dos seus monstros. O pa�s inteiro sabia da criminalidade desses cretinos... e Figueiredo aceitou a vers�o de que fora um grupo... que j� n�o mais existia... de uma esquerda... que hoje j� n�o mais existe tamb�m... E deu o caso por encerrado. Todos urramos de raiva... mas, exatamente ali, Jo�o Figueiredo... como que, num momento salomonicamente inspirado... e temeroso... agindo com seu sil�ncio p�blico... condenou, para sempre... as bombas que tentavam incendiar o momento... ao fim. Que ter�amos ao levar... �quela �poca, o bandido Machado aos tribunais e � cadeia? Um provavel candidato... a Chavez... a deputado... sei l�... Agora ele � uma ilha... O primeiro investigador oficial, Coronel Prado, � �poca... dado a sua vontade de chegar � realidade, foi afastado da fun��o. Depois, ele vei a afirmar: "Consigo olhar-me no espelho, sem vergonha... N�o sei se ele � capaz..." O "ele"... o ent�o coronel Job... a fazer as vezes de boneco mandado da vers�o da direita... Creio que Figueiredo... na mais dram�tica de todas as suas atitudes... aceitando aquela vers�o pat�tica... colaborou com a pavimenta��o do retorno � democracia de uma maneira inquestion�vel... por mim... Podia olhar-se no espelho. Mas... Job... Machado... Ustra... Coelho Neto... Ros�rio... Pena que eu n�o acredito em puni��o ap�s a morte... para essa cambada... Que a puni��o deles seja o nojo de quem tem dignidade, intelig�ncia e um pouco de informa��o sobre aquele momento... O Figueiredo? Bem... N�o sei se a Hist�ria o absolver�... Se eu for jurado... sim... Nestes Termos Rubens Antonio |
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