O processo de independ�ncia brasileiro teve rela��o direta com os
acontecimentos europeus do in�cio do s�culo XIX, principalmente com o bloqueio
continental, decretado por Napole�o Bonaparte. Tentando derrotar sua grande rival, a Inglaterra, Napole�o atacou-a por
mar at� ser derrotado na Batalha de Trafalgar em 1805. Percebendo, que a marinha e a
posi��o insular da Inglaterra possibilitavam sua defesa, Napole�o decretou o
Bloqueio Continental em 1806, onde todos os pa�ses europeus estavam proibidos de comercializar com
os brit�nicos. Caso essa determina��o fosse desobedecida, o pa�s seria invadido e
ocupado. � a� que entra Portugal.
Parceiro comercial do reino brit�nico de longa data, "Portugal
representava uma brecha no bloqueio e era preciso fech�-la."(FAUSTO, 1996,
120-121)
Diante dessa situa��o, Portugal se transformou na pe�a fundamental dessa luta. Se,
Portugal aceitasse as imposi��es francesas, n�o seria invadido, mas perderia as
mercadorias industrializadas inglesas e t�o necess�rias para a vida daquele pa�s. Mas, se
n�o aderisse ao bloqueio, teria o seu territ�rio invadido pelas tropas de Napole�o.
Para resolver essa situa��o estava no governo portugu�s, o pr�ncipe-regente D. Jo�o,
j� que, sua m�e, a rainha D. Maria I, era doente mental e n�o governava desde 1792.
D. Jo�o. Quadro de Jean-Baptiste
Debret.
Museu Hist�rico Nacional
General Junot
A solu��o encontrada foi a fuga da corte portuguesa para sua col�nia
mais rica, o Brasil. No dia 29 de novembro de 1807, partiu de Lisboa, escoltada por tropas
inglesas, uma esquadra de 36 navios com cerca de 10 mil pessoas, entre a fam�lia real
portuguesa, nobres e altos funcion�rios. No dia seguinte, as tropas francesas lideradas
pelo general Junot invadiram Lisboa.
Iconografia
D. Jo�o - Museu da Rep�blica
General Junot -
informa��o n�o encontrada na �poca de publica��o deste texto