Prudente de Moraes (1894-1898), primeiro
presidente civil, eleito ap�s Floriano, era representante da oligarquia
cafeeira paulista. Mesmo antes da proclama��o da Rep�blica a oligarquia
cafeeira j� representava for�a econ�mica dominante, mas esta domina��o
ainda n�o se fazia, em n�vel pol�tico, em termos institucionais. Desde o
in�cio da Rep�blica, � certo, cafeicultores
de destaque ocupavam cargos no poder Legislativo atrav�s do PRP (Partido
Republicano Paulista). Mas uma domina��o nacional s� iria
acontecer com a cria��o do PRF (Partido Republicano Federal) e a
candidatura de Prudente e, mais tarde, com o esfacelamento do pr�prio PRF
e a conseq�ente elimina��o de qualquer media��o entre o poder central
e as lideran�as locais. Ao fim do mandato de Prudente os cafeicultores paulistas j� estavam em condi��es
de exercer seu poder sem intermedi�rios.
Embarque de caf� no
porto de Santos.
Foto de Guilherme Gaensly.
Biblioteca
Municipal M�rio de Andrade.
Campos Sales foi presidente eleito para o per�odo
de 1898 a 1902. Representante dos cafeicultores paulistas, via na
desvaloriza��o da moeda brasileira a causa de todos os problemas. Al�m
da queda internacional do pre�o da caf�, seu governo ainda enfrentava
como conseq��ncia do Encilhamento, d�ficits or�ament�rios e d�vida
externa.
Para tentar acabar com a crise, colocou em pr�tica
uma pol�tica econ�mica baseada em mecanismos monet�rios e financeiros
que em nada modificaram o sistema econ�mico vigente. Atrav�s do Funding loan protelou o pagamento da d�vida externa conseguindo uma folga
financeira para colocar em pr�tica o saneamento da economia. Os
resultados n�o foram positivos e a massa popular e a ind�stria foram os
maiores prejudicados.
Para por em pr�tica seu plano econ�mico
precisava de tranq�ilidade pol�tica e apoio do Congresso Nacional para
aprova��o das medidas. Campos Sales, segundo Fernando Henrique Cardoso (1985,
p.48), acreditava que a fun��o de dire��o de um processo pol�tico
�pertence a poucos e n�o � coletividade�.Assim, prop�s
um "Pacto Olig�rquico" que,
na pr�tica, significou a institucionaliza��o do sistema olig�rquico
que passou a ser um sistema nacional de domina��o superando assim o seu
car�ter local.
Iconografia
Embarque de caf� no porto de
Santos - Biblioteca Municipal M�rio de Andrade