A passagem do Imp�rio para a Rep�blica n�o significou mudan�as na estrutura do pa�s e se deu a partir da uni�o de classes distintas: cafeicultores, militares e burguesia. Segundo Nelson Werneck Sodr�:
A classe m�dia n�o tinha meios para fazer sentir suas necessidades e, por si s�, n�o estava em condi��es de apresent�-las. A classe dos trabalhadores, ainda insignificante do ponto de vista num�rico, e peada pela sua componente rural, n�o pesava na balan�a pol�tica. Qualquer altera��o s� poderia surgir ou da pr�pria classe dominante, ao desinteressar-se do regime dominante vigorante ou de algumas formas de sua vig�ncia, ou de uma composi��o entre a fra��o mais poderosa da classe m�dia, particularmente naquilo que a classe m�dia tinha como elemento de for�a. Quando isso acontece, surge a Rep�blica.
Obviamente este setores da sociedade intencionavam buscar na nova forma de governo a satisfa��o de seus interesses particulares, mas o car�ter conflitante desses interesses n�o se evidenciou at� que o perigo de um contra-golpe monarquista tivesse passado. Da proclama��o da Rep�blica at� 1894, o que se observa � que os governos constitu�dos, apesar da domina��o da classe m�dia, particularmente dos militares, representaram um per�odo de transi��o at� a volta e consolida��o das oligarquias no poder. Logo ap�s o Golpe de 15 de Novembro, o marechal Deodoro tornou-se o chefe do Governo Provis�rio e, de acordo com a Constitui��o republicana, foi eleito indiretamente para a presid�ncia.
Seu governo pretendeu transformar o pa�s em uma moderna Rep�blica capitalista industrializada. Mas os meios que usou junto com seu ministro da Fazenda, Rui Barbosa, levou a s�ria crise financeira. Os fazendeiros e as empresas estrangeiras, obviamente contra o processo de industrializa��o, passaram a fazer oposi��o a Deodoro que substituiu Rui Barbosa pelo bar�o de Lucena, um monarquista conservador. Ao contr�rio do que se esperava com a troca, ou seja, manter-se no poder, passou a enfrentar tamb�m a oposi��o dos reformistas e industrialistas. Diante disso, tentou um golpe e acabou renunciando a favor de seu vice, marechal Floriano Peixoto.
Floriano (1891-1894) representava a consolida��o do novo regime, com executivo forte e centralizado. Em seu governo tem-se um breve dom�nio da classe m�dia, da burguesia e de uma pol�tica econ�mica industrializante. Incentivava a expans�o urbano industrial estimulando importa��o de m�quinas, mat�rias-primas e insumos, desagradando o setor agr�rio que preferia ver os recursos canalizados para suas atividades.