Filologia, Literatura e Ling��stica e os debates historiogr�ficos sobre a Antig�idade cl�ssica *
 

Pedro Paulo A. Funari
 
A amplid�o do tema, �debates historiogr�ficos sobre a Antig�idade Cl�ssica e as ci�ncias humanas: Filologia, Literatura e Ling��stica� desaconselharia um exerc�cio de estudo exaustivo, objeto n�o de um ensaio, mas, ao menos, de um livro. Caberia, portanto, tratar de algumas quest�es metodol�gicas centrais e de alguns casos, tanto paradigm�ticos como de car�ter did�tico, a come�ar da pr�pria liga��o umbelical, ab origine, entre a Hist�ria e a Filologia cl�ssica e n�o me refiro, aqui, apenas �quela referente � Antig�idade Cl�ssica, mas � Historia tout court. De in�cio, a pr�pria Hist�ria surge como um g�nero liter�rio no seio da narrativa liter�ria grega, a come�ar de Hecateu de Mileto e sua �historiciza��o do mito� (Meister, 1990, p.23) e, de maneira mais clara e ordenada, com Her�doto (Nesselrath 1996). Tuc�dides estabelece uma continuidade entre o que chamar�amos de �per�odo m�tico�e aquele hist�rico e n�o � casual que o mais recente estudo abrangente sobre o autor da �Guerra do Peloponeso� intitula-se, precisamente, zu Thukydides� historischer Erz�hlung, �sobre a narrativa hist�rica de Tuc�dides�, pois � de um g�nero liter�rio que se trata, um estilo narrativo (Schwinge, 1996). Deste estilo narrativo faziam parte os discursos, os retratos, a ret�rica (Fox, 1993), e os historiadores antigos literatos antes que cientistas (Woodman, 1983, p.120), a Hist�ria era concebida como opus oratorium (Marchal, 1987, p.42).


Este o sentido primevo do liame entre a Hist�ria e a Filologia, enquanto g�nero liter�rio antigo. No entanto, a Hist�ria que todos n�s, historiadores lato sensu, praticamos, deriva, diretamente, da moderna reorganiza��o do saber acad�mico, fen�meno resultante da Ilustra��o e da instaura��o das �ci�ncias�, ramos do conhecimento, sentido preciso de Wissenschaften. De fato, strictore sensu, nossa disciplina n�o foi instaurada sen�o com Niebuhr e von Ranke (Lozano, 1987, p.79), em particular com a inven��o da no��o de documento a ser analisado, muito a prop�sito, more philologico, �� maneira da Filologia�, nascente disciplina que viria a fundar, em verdade, todas as Ci�ncias Humanas. Von Ranke (1826), em seu cl�ssico Geschichte der romanischen und germanischen V�lker, �Hist�rias dos povos romanicos e germ�nicos�, viria a formular a frase fundadora da disciplina: Er will bloss zeigen wie es eigentlich gewesen, �ele scilicet o historiador quer claramente mostrar como, na realidade, aconteceu�. Para tanto, fazia-se necess�rio conhecer o documento, o texto escrito, a l�ngua, o estilo narrativo, tratava-se, pois, de ser antes fil�logo para, em seguida, poder tornar-se historiador (Historiker) (Funari, 1995, p.14-36). O pr�prio estudo da Hist�ria foi chamada de Philologie, um tipo de Bildung �educa��o� (Niebuhr, 1828-1831).


A primeira Hist�ria a surgir, no sentido moderno do termo, foi, desta forma, a Hist�ria Antiga, cuja assimila��o � Filologia levou a que se intitulasse �estudo do mundo cl�ssico�, Altertumskunde, Altertumswissenschaft, Classics, �tudes classiques, studi classici. Hist�ria Antiga que surge indissoci�vel da Filologia cl�ssica, da qual continuaria a fazer parte (Bernal, 1991), � diferen�a de outros ramos da Historia, cuja liga��o com a Filologia pode ser muito t�bia, sen�o inexistente. Em certo sentido, nunca delas se distanciou, como lembra V. Bejarano (1975, p.60): en realidad, nunca los fil�logos dejan de ser historiadores y muchos grandes historiadores han sido al mismo tiempo excelentes fil�logos, como Th. Mommsen, E. Pais, M. Rostovtzeff, J. Carcopino, Piganiol, R. Syme. � ainda verdade, portanto, que n�o h� Hist�ria antiga sem estudo do latim e do grego. Toda a moderna historiografia do mundo antigo est� a demonstrar os elos entre o estudo da Hist�ria antiga e o campo da Filologia, lato sensu. Qualquer estudo sobre a Antig�idade Cl�ssica, e n�o apenas por parte de historiadores, como de outros estudiosos do mundo antigo, como arque�logos e historiadores da arte, parte de uma an�lise pr�via, de uma ou de outra forma filol�gica, do vocabul�rio antigo. Assim, as grandes s�nteses, como todo o conjunto de obras de Vernant ou Finley, para citar dois estudiosos cuja resson�ncia ultrapassa em muito os confins da historiografia antiga, constr�em-se a partir de estudos de vocabul�rio e do contexto de utiliza��o de termos gregos e latinos. Assim, �trabalho e natureza na Gr�cia antiga� (Vernant, 1988, p.259-277), ainda que publicado, originalmente, no Journal de Psychologie, constitui obra mestra da hermen�utica hist�rica, fundada, passo a passo, no estudo dos termos gregos: p�nos, ped�on n�mos, t�khne, andre�a, akhre�a, thyraulein ka� ponein ... et j�en passe! Finley (1983), autor de trabalhos cl�ssicos n�o somente para os estudiosos do mundo antigo, estando entre os mais citados por aqueles que estudam a escravid�o moderna, tamb�m apresenta uma an�lise, antes de mais nada, filol�gica da escravid�o: doulos, seruus, pelatai, laoi, clientes, coloni, dominus, erus, peculium, hektemoroi ...


Cabe, portanto, ao historiador da antig�idade conhecer o sentido original dos conceitos antigos (Momigliano, 1984, p.484) e pode dizer-se que isto tem sido feito un p� da per tutto (cf. a hermen�utica de Koselleck, 1979). Assim, pode estabelecer-se as bases para o estudo de espa�os, como os anfiteatros, no trocadilho de Robert Etienne (1965), la naissance de l�amphith�atre: le mot et la chose: de spectacula a amphitheatrum, passando por th�atron kynetik�n; ou das uillae, com suas membra rustica, urbana ornamenta, partes urbanae, rusticae, fructuariae (Purcell, 1996); ou das casas: domus, taberna, cenaculum, aedes, pergula, �s vezes colocas para alugar (locantur) (Pirson, 1997). Categorias de artefatos tamb�m precisam ser estudados, como � o caso dos vasos de cer�mica (Funari, 1987) ou dos instrumentos agr�colas (Guarinello, 1987). Conceitos capitais, como o de humanitas, tamb�m t�m sido analisados (Veyne, 1989, Funari, 1996), bem como institui��es essenciais e espec�ficas, como annona, frumentatio, uectigal, praefectus castrorum, primus pilus, signifer, optio, beneficiarius etc (Remesal, 1997). Todas estes trabalhos n�o se constituem, apenas, em estudos de termos, mas tratam da Hist�ria econ�mica, social, pol�tica e cultural do mundo antigo, sendo a an�lise do vocabul�rio o ponto de partida antes que a meta (Whittaker, 1996, p.17 sobre o estudo de Remesal sobre a annona). Um caso paradigm�tico talvez seja o estudo de Alfons B�rge (1990) sobre o mercennarius, categoria de trabalhador assalariado...no entanto, die Arbeit der mercennarius typische Skavenarbeit ist (�o trabalho do mercennarius � tipicamente trabalho de escravo�). As conseq��ncias desta ambig�idade, o assalariamento de escravos, n�o poderiam ser maiores para a compreens�o da pr�pria estrutura social do mundo antigo. Muitos outros exemplos poderiam ser citados, como o caso da controversa quest�o das diferen�as, ou n�o, entre os ju�zos (Bolonyai, 1993) e culturas da elite e do povo (Funari, 1991; Horsfall, 1996).


Ainda no campo das l�nguas cl�ssicas caberia mencionar os estudos sobre o linguajar utilizado pelos antigos, como � o caso do sermo humilis, o cal�o popular, t�o revelador de tra�os culturais, apenas acess�vel pelo estudo da l�ngua. O latim falado, representado por Petr�nio, por exemplo (Boyce, 1991; Marmorale 1948; Maiuri 1948; Zehnacker, 1989), n�o pode ser dissociado do estudo dos tituli graphio exarati (grafites) de Pomp�ia, com sua latinidade vulgar, viva, est� t�o pr�xima dos vern�culos rom�nicos (V��n�nen, 1937), essa verdadeira �Civiliza��o das formas liter�rias�, nas palavras de Marcello Gigante (1979). Da dupla nega��o (Perl, 1979) ao voc�bulo mais poliss�mico, como munus, em Munus te ubique (CIL IV, 8031; cf. Funari, 1991, p.83-86), h� todo um universo sem�ntico de conte�do s�cio-cultural a ser desevendado com a participa��o da an�lise filol�gica.


Antes de terminar este breve apanhado, n�o poderia faltar uma advert�ncia: amicus Plato, sed magis amica ueritas. N�o se deixe de mencionar, ainda que en passant, que esta liga��o indel�vel entre a Historia e a Filologia nem sempre apresenta aspectos louv�veis, pois tanto o racismo (Bernal, 1993), como o fascismo (Giordano, 1993) aproveitaram-se de um culto distorcido � Antig�idade Cl�ssica para estabelecer interpreta��es, e pol�ticas da� decorrentes, discriminat�rias, pouco afeitas ao pr�prio esp�rito cient�fico e, ainda menos, �quele humanista. Assim, a pr�pria defini��o do grego e do latim como l�nguas cl�ssicas � um recorte arbitr�rio em um mundo que se utilizava de outras l�nguas e escritas, a come�ar da mais conhecida e preservada, o hebraico/aramaico, cujo desconhecimento foi at� mesmo program�tico: rabbinica sunt, non legentur (Cohen, 1987, p.130). Ora, toda a literatura rab�nica, do talmude ao midrash, apresenta extensa documenta��o sobre a o mundo helen�stico-romano e apenas recentissimamente tem sido estudada por �classicistas� (Banon, 1995; Goodman 1997).


Quanto � literatura, os estudos mais tradicionais direcionavam-se para a Hist�ria a partir das obras liter�rias, ou para a busca dos autores antigos por outros meios, como inscri��es. Este � o caso da colet�nea de refer�ncias expl�citas a Virg�lio, encontradas nas paredes de Pomp�ia, levada a cabo por Franklin (1997). No entanto, a Historia dos �ltimos anos aproximou-se da Literatura, ou, como propunha David Harlan (1989, 581), �o retorno da Literatura lan�ou os estudos hist�ricos em uma grande crise epistemol�gica�. O car�ter narrativo da Hist�ria aproximou fic��o e Hist�ria, res fictae e res factae, voltou-se a poder entender Hist�ria como g�nero liter�rio (White, 1973). �O estilo n�o concerne �o jeito� mas a pr�pria �subst�ncia� da Historiografia�, segundo Gay (1975, 3; Ankersmit 1986; Munslow, 1997, p.140-162, sobre Hayden White and deconstructionist history). Retomou-se a pr�pria terminologia cl�ssica para descrever este car�ter liter�rio da narrativa hist�rica, como sugere Paul Ricouer (1994, p.11), ao empregar inuentio, dispositio, elocutio, memoria, pronuntiatio: trata-se de uma narrativa , Erz�hlung (Kocka; Nipperdey, 1979; Baumgartner, 1979). Grandes temas da historiografia contempor�nea t�m sido a textualidade (Maier, 1984) e a linguagem do pr�prio historiador: die Sprache der Quellen und die Sprache der interpretierenden Historikers stehen in einem dialektischen Spannungsverh�ltnis, �a l�ngua das fontes e a l�ngua do historiador que interpreta est�o em uma rela��o dial�tica� (Mommsen, 1984, p.66). Este mundo como representa��o (Chartier, 1989) apenas se pode exprimir por palavras, em textos, cuja express�o liter�ria � inelut�vel, constituindo parte integrante e essencial da verstehen hist�rica (Funari, 1997; Kittsteiner, 1997).


No que se refere ao mundo antigo, in�meras conseq��ncias resultaram dessas preocupa��es, a come�ar do estudo da pr�pria �inven��o� daquela Antig�idade por n�s, modernos. N�o � � toa que Mark Golden e Peter Toohey (1997) acabam de lan�ar um volume que organizaram sobre a �Inven��o da Cultura Antiga�. De fato, como j� havia lembrado Michael Shanks (1995, p.34), em outra busca etimol�gica, invenire e �inven��o� significam, a uma s� vez, �descoberta� e �inven��o�. Do mesmo modo, as pr�prias �fontes liter�rias� t�m sido perscrutadas de maneira a explorar temas como as rela��es de g�nero ( Rabinowitz; Richlin, 1993), a espacialidade (Knights, 1997), ou mesmo a cultura alimentar de pronvinciais no mundo antigo (Carreras; Funari, 1998). Ressalte-se que, nos casos citados, n�o se trata de estudos apenas a partir da literatura antiga, pois que se juntam abordagens arqueol�gicas, hist�ricas, antropol�gicas, mas sempre envolvendo um reexame da tradi��o liter�ria antiga � luz daquilo que se convencionou chamar de linguistic turn (Sch�tter, 1997, com bibliografia anterior).


Isto nos conduz ao �ltimo aspecto deste ensaio, ligado aos dois primeiros: a Ling��stica. De fato, todas as ci�ncias humanas foram influ�nciadas pela Ling��stica, como se observa nesta passagem de Gordon Childe (1960, p.15-17):


�Sendo a linguagem um ve�culo t�o importante na forma��o e transmiss�o da tradi��o social, o grupo assinalado pela posse de uma �cultura� distinta provavelmente falar� tamb�m uma linguagem distinta...cada l�ngua � produto de uma tradi��o social e age sobre outras formas tradicionais de comportamento e pensamento. Menos familiar � o processo pelo qual as diverg�ncias de tradi��o atingem at� a cultura material.... �next Friday�, na Inglaterra, transforma-se em �Friday first� na Esc�cia...Na Irlanda e no Pa�s de Gales os trabalhadores rurais usam p�s de cabos longos, ao passo que na Inglaterra e na Esc�cia os cabos s�o muito mais curtos. O trabalho realizado �, em cada caso, o mesmo, embora o manuseio do instrumento seja, evidentemente, diverso. As diverg�ncias s�o puramente convencionais...As diverg�ncias ling��sticas devem ser t�o velhas quanto as diverg�ncias culturais identific�veis no registro arqueol�gico� .


No entanto, foi a partir das d�cada de 1960, com o estruturalismo ling��stico, que esta influ�ncia se generalizaria e j� na d�cada de 1970 podia afirmar-se que �a preocupa��o central das ci�ncias do homem � a linguagem� (Vogt, 1989, p.62). A Ling��stica, no entanto, passou a incorporar outras abordagens, em particular introduzindo uma no��o s�cio-hist�rica de discurso, de maneira que as condi��es sociais determinam mesmo as propriedades do discurso (Fairclough, 1990, p.17-155). A introdu��o das classes sociais e dos contextos hist�ricos espec�ficos (Kress; Hodge, 1979) e a valoriza��o do exosemi�tico, para usar um termo de Lagopoulos (1986, p.234), representou uma nova onda de influ�ncia ling��stica, a partir de autores como Rossi-Landi (1986).


O estudo da Antig�idade Cl�ssica foi influenciado muito diretamente por essa �tend�ncia ling��stica�, em particular com a ado��o de esquemas anal�ticos derivados da analogia com a an�lise ling��stica. Dois exemplos bastam para tratar desta quest�o: em primeiro lugar, o mais tradicional tema, que est� na origem mesma da Altertumswissenschaft, a busca dos indo-europeus. Historiadores, arque�logos e ling�istas debru�am-se sobre o mesmo material, a partir de conceitos da ling�istica hist�rica (Zvelebil, 1995; Dolukhanov, 1995; H�usler, 1995). Em outro sentido, estudiosos em busca de modelos anal�ticos para o temas complexos como as casas e a sociedade antigas t�m se utilizado de esquemas derivados da Ling��stica (Wallace-Hadrill, 1994, p.38 et passim).


Pode concluir-se que as rela��es entre a Hist�ria da Antig�idade Cl�ssica e as ci�ncias humanas, em particular, Filologia, Literatura e Ling��stica, t�m-se mantido intensas, desde a origem do estudo moderno do mundo antigo. Nos �ltimos anos, estas intera��es foram se intensificando e, hoje, pode afirmar-se que n�o se pode deixar de conhecer e utilizar, de forma cr�tica, os aportes destas, como de outras �reas afins, ao estudo da Hist�ria Antiga.



Notas

* Aula ministrada em 17/12/97, em concurso p�blico de provimento de cargo, no Departamento de Hist�ria, Instituto de Filosofia e Ci�ncias Humanas da Universidade Estadual de Campinas, Brasil, perante a seguinte comiss�o julgadora: Alceu Dias Lima, �talo Tronca, Jorge Coli, Maria Guadalupe Pedrero e Maria Stella Martins Bresciani. O tema foi sorteado no dia 16 e, no dia seguinte, apresentei aula, cujo conte�do est� reproduzido neste artigo. As �nicas altera��es devem-se a sugest�es e indica��es, quanto � Filologia latina, mui gentilmente oferecidas pelo professor Marc Mayer, catedr�tico da Universidade de Barcelona, quando estive como professor visitante convidado pelo Departamento de Pr�-Hist�ria, Hist�ria Antiga e Arqueologia da Universidade de Barcelona, em janeiro de 1998. Agrade�o, tamb�m, o convite do Prof. Hector Benoit para que publicasse esta aula no Boletim do Centro de Pensamento Antigo. Texto publicado em: Os debates historiogr�ficos sobre a Antig�idade Cl�ssica e as ci�ncias humanas. Filologia, Literatura e Ling��stica. Anuari de Filologia, Studia Graeca et Latina, 20, D, 8, 1999. p.29-38.


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Agradecimentos

Agrade�o aos seguintes colegas, que me forneceram trabalhos e ajudaram de diversas formas: Martin Bernal, C�sar Carreras, Marc Mayer, Alexandros-Phaidon Lagopoulos, Amy Richlin, Jos� Remesal e Michael Shanks. A responsabilidade, contudo, restringe-se ao autor.





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