Em maio de 1922, um elei��o foi realizada para se escolher o presidente (governador) de Pernambuco que substituiria o presidente que havia falecido, Jos� Bezerra. Contrariando suas constantes afirma��es de neutralidade, Epit�cio Pessoa interviu no estado com a inten��o de favorecer a oposi��o. Alguns tenentes que n�o aceitavam o uso do Ex�rcito para resolver problemas intra-olig�rquicos telegrafaram ao presidente do Clube Militar, o marechal Hermes da Fonseca. Sem se fazer de rogado, no dia 29 de junho, Hermes da Fonseca enviou uma resposta ao comandante da 6� Regi�o Militar, Jaime Pessoa, parente de Epit�cio, sugerindo o posicionamento que o Ex�rcito deveria seguir em situa��es como aquela. O telegrama est� com a grafia da �poca
O Clube Militar est� contristado pela situa��o angustiosa em que se encontra o Estado de Pernambuco, narrada por fontes insuspeitas que d�o ao nosso glorioso Ex�rcito a odiosa posi��o de algoz do povo pernambucano. Venho fraternalmente lembrar-vos que mediteis nos t�rmos dos arts. 6� e 14� da Constitui��o, para isentardes o vosso nome e o da nobre classe a que pertencemos da maldi��o dos nossos patr�cios. O ap�lo que ora dirijo ao ilustre cons�cio � para satisfazer os instantes pedidos de camaradas nossos da�, no sentido de ap�ia-o nessa cr�tica emerg�ncia, em que se procura desviar a f�r�a armada do seu alto destino. Confiando no vosso patriotismo e z�lo pela perpetuidade do amor do Ex�rcito ao povo de nossa terra, vos falo nesse grande momento. N�o esque�ais que as situa��es pol�ticas passam e o Ex�rcito fica.
Sauda��es
Ass.: Marechal Hermes da Fonseca
Refer�ncias
SILVA, H�lio. 1922: sangue na areia de Copacabana. 2.ed. Rio de Janeiro: Civiliza��o Brasileira, 1971. p.96. (O ciclo de Vargas, v.1 ).