Atualizado em 30 de dezembro de 2003
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Biografias

Urbano II


Reinaldo Batista Cordova

Nome: Ot�o de Laguery
Local e ano do nascimento: Ck�tillon-Sur-Mane, Fran�a, 1042(?)
Local e ano do falecimento: Roma, 1099


O papa Urbano II viveu em um tempo em que a Igreja passava por reformas, nas quais ele teve grande participa��o.


Nascido em Ck�tillon-Sur-Mane, na prov�ncia de Champagne, na Fran�a, era membro de uma fam�lia nobre e foi batizado como Ot�o de Laguery. A data de seu nascimento � discut�vel, mas o prov�vel ano de seu nascimento � 1042.


Estudou em Reims, onde se tornou cl�rigo, mas n�o tardou muito e entrou para a Ordem Beneditina, quando se dirigiu para o grande mosteiro de Cluny, no qual tornou-se prior.


Sua perman�ncia em Cluny foi curta, pois foi enviado a Roma, onde o papa Greg�rio VII requisitava-o para auxili�-lo na dif�cil tarefa de reformar a Igreja. Logo depois de sua chegada a Roma, foi nomeado cardeal bispo de �stia e foi delegado para a Alemanha (1084-84). Certa vez quando se dirigia a Roma foi retido pelo imperador Henrique IV, ficando em estado de semipris�o, por um curto per�odo de tempo.


O imperador Henrique IV, elegeu um antipapa, Clemente III de Ravenna, para que este fizesse o que fosse do interesse do imperador, o qual foi excomungado da Igreja Cat�lica.


Com a morte de Greg�rio VII, Ot�o foi candidato a suced�-lo, isto por fazer parte do col�gio cardinal�cio. No entanto, o eleito, V�tor II (1088) faleceu rapidamente.


Em uma reuni�o em Terracina, foi declarado que Greg�rio VII e Vitor II haviam sugerido o nome de Ot�o como sucessor de Pedro, desta forma, no dia 12 de mar�o de 1088, Ot�o foi eleito sumo pont�fice, passando a chamar-se Urbano II.


Em seu primeiro ato exortou os pr�ncipes e bispos, que haviam sido fi�is aos dois �ltimos papas, a serem fi�is tamb�m a ele e declarou a sua inten��o de prosseguir com a pol�tica que Greg�rio VII iniciara, afirmando �tudo aquilo que ele rejeitou, eu rejeito, o que ele amou, eu abra�o, o que ele considerou cat�lico, eu confirmo e aprovo�.


Como grande conhecedor do Direito can�nico, utilizava-se com grande freq��ncia da diplomacia, pois esta era muito necess�ria, em virtude de Roma estar tomada pelo antipapa e seus seguidores. Urbano II confirmou o isolamento destes e tamb�m do imperador Henrique IV, todos estes eram an�tema, n�o fazendo mais parte da Igreja.


Urbano II apoiou Conrado, o filho rebelde do imperador, que juntamente com Matilde da Toscana e Guelfo V da casa da Baviera, eram hostis ao imperador, e desta forma deram grande apoio a ele, para que entrasse em Roma e assumisse sua posi��o leg�tima.


Urbano II entrou em Roma gra�as � diplomacia, mas tamb�m por meio de batalhas, onde suas tropas enfrentaram as do antipapa por tr�s dias at� derrot�-las, possibilitando sua entrada na Bas�lica de S�o Pedro. Desta forma manteve seu prest�gio para com os pr�ncipes europeus, principalmente os ib�ricos, e em particular o rei da Fran�a, Felipe I, que havia sido excomungado por adult�rio e se reconciliou com a Igreja em 1095.


Ainda em 1095, convocou os bispos para um conc�lio, no qual dentre outras coisas declarou inv�lidas as ordena��es realizadas por eclesi�sticos simon�acos. Em seu trabalho de reforma, trabalhou para reunir as duas Igrejas, a ortodoxa e a cat�lica, estabelecendo contatos com o patriarcado e a corte Bizantina. Alexus I, imperador bizantino, enviou diplomatas para que estes pedissem a ajuda de Roma contra os turcos, os quais eram uma s�ria amea�a � Constantinopla.


Urbano II convocou um s�nodo, encontro de bispos, o qual reuniu-se em Clermont, em outubro de 1095, para discutir entre outros fatos, o apoio � igreja do Oriente. Muitos nobres estavam presentes ao s�nodo e ficou definido que um ex�rcito, composto de cavaleiros e homens a p� deveria dirigir-se � Jerusal�m, para salv�-la e auxiliar as igrejas da �sia contra os sarracenos.


As pessoas que participassem desta cruzada, receberiam a indulg�ncia plen�ria, tendo todos os seus pecados e suas conseq��ncias exclu�das.

Em certa ocasi�o, quando Urbano II esteve na Fran�a, foi saldado com grande j�bilo pela popula��o, que o esperava pela jornada de liberta��o de Jerusal�m. A data marcada para o in�cio desta foi 15 de outubro de 1096.


Muitos haviam pedido ao papa que conduzisse a cruzada pessoalmente, mas ele designou Ademar, bispo de Le Puy, para difundir a id�ia da cruzada, enviando cartas aos bispos que n�o puderam ir ao encontro e tamb�m aos cl�rigos de toda a Europa, para que ficassem sabendo das pretens�es de libertar a cidade onde Cristo havia pregado e sofrido seu mart�rio.


No entanto, Urbano II n�o pode participar dos acontecimentos que havia preparado com tanto esmero, pois faleceu poucos dias ap�s a tomada de Jerusal�m pelos cruzados (26 de julho de 1099) n�o recebendo a not�cia de seu tomada. Foi sepultado na cripta da Bas�lica de S�o Pedro, perto da tumba de Adriano. Urbano II � venerado pela Igreja Cat�lica, como beato.



Bibliografia

Informa��es fornecidas pelo padre Oscar Duque, professor de Hist�ria da Igreja no Semin�rio de Nossa Senhora de F�tima, Bras�lia-DF

LOYN, Henry R.(org.). Dicion�rio da Idade M�dia. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

NEW ADVENT. Dispon�vel em: http://www.newadvent.org.

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