A multiplicidade de situa��es dos museus pode parecer, � primeira vista, um empecilho a qualquer generaliza��o sobre a forma��o do profissional de museu. De fato, h� museus cient�ficos, como os h� de pequenas localidades, h� museus de arte, como os h� de rua. Nesta variedade de situa��es, multiplicam-se os profissionais de museus, de curadores a restauradores, de educadores a bi�logos. E pur, h� algumas quest�es gen�ricas que se referem ao cerne da atividade em museus, aquilo que diz respeito � ess�ncia da a��o patrimonial. No umbral do terceiro mil�nio, os desafios dos profissionais de museus podem ser resumidos a cinco grandes temas, inter-relacionados:
- o pluralismo;
- a rela��o com a comunidade na cria��o de conhecimento de interesse social;
- a rela��o necess�ria entre o profissional de museu e as ci�ncias;
- a luta pelo saber contra as hierarquias burocr�ticas.
Os museus representam o mundo como parte da ordem social (FYFE, 1998, p.326), sua taxonomia refletindo, de forma mediada, a t�ksis da pr�pria sociedade. N�o � casual que uma palavra-chave na organiza��o dos museus seja, precisamente, taxonomia, �ordena��o segundo uma regra�,(1) pois tudo no museu � classificado e ordenado. Os setores, da reserva t�cnica � exposi��o, cada um subdividido e classificado. Esta concep��o acompanha os museus ab origine, desde sua pr�pria funda��o, refletindo a pr�pria hierarquia social na qual surgiu. No entanto, no umbral do terceiro mil�nio, mais do que uma �nica ordena��o e taxonomia, o mundo p�s-moderno caracteriza-se pelo mais radical pluralismo,(2) programa expl�cito da proposta do Aktives Museum. O tema central do trabalho did�tico do Museu Ativo consiste em transformar os consumidores de conhecimento em produtores. As visitas guiadas deveriam, sempre que poss�vel, serem dissolvidas em participa��o ativa, um meio para que a confronta��o com o mundo material gere o sentimento inesperado, a indigna��o e a curiosidade (FAHMEL; BEYER, 1993). Em uma sociedade aberta, h� uma pluralidade de opini�es e deveria, pois, haver diferentes relatos do mundo material exposto no museu (BAKER, 1991, p.58-59). Este pluralismo implica em subverter o discurso da autoridade que prevalece na exposi��o de uma �nica vers�o, a verdade dos que controlam o poder (POTTER, [s.d.], p.3-7).
O pluralismo n�o se restringe � exposi��o e � prolifera��o de narrativas,(3) mas estende-se �s pr�prias divis�es do saber no interior do museu. A segmenta��o dos setores reproduz uma separa��o artificial entre os profissionais do museu, como se fosse poss�vel dissociar exposi��o e reserva, programa educativo e pesquisa de campo, reflex�o pedag�gica e cient�fica, reproduzindo dicotomias estranhas � pr�tica cr�tica. N�o se trata de adorar o acervo, mas pensar sobre ele (POTTER [s.d.], p.39).(4) N�o se trata de isolar especialistas, cujo conhecimento herm�tico deveria ser preservado, mas � no confronto de perspectivas que se produz conhecimento (FUNARI, 1997, com bibliografia anterior). Assim, no interior da institui��o museu, nada justifica a falta de di�logo entre os diversos profissionais, sen�o a acomoda��o. A produ��o de conhecimento(5) implica na disposi��o a aprender com os outros, sejam os profissionais colegas de institui��o, seja o p�blico em geral. Ainda �� tempo de fazer museu com a comunidade e n�o para a comunidade�, como dizia, h� quinze anos Wald�sia R�ssio (1984, p.60). A busca de um museu gerido com a comunidade � uma tarefa que implica romper as barreiras disciplinares e as formalidades das compartimenta��es acad�micas (OLIVEIRA, 1999), bem como superar o modelo do museu desligado da sociedade, mera �Torre de Observa��o�, como prop�e uma abordagem elitista (Meneses, 1993, p.218). Para produzir conhecimento imp�e-se interagir com o educando (GIROUX; McLAREN, 1986, p.234) e o p�blico est� muito mais aberto a essa intera��o do que, normalmente, se sup�e (McKEE; THOMAS, 1998, p.7).
A comunidade n�o �, por sua parte, uma unidade, um conjunto homog�neo. Este modelo normativo de cultura j� tem sido bastante criticado e n�o se pode idealizar a comunidade (Jones, 1997, com literatura a respeito), composta de heterog�neos interesses. No entanto, pode afirmar-se que, de maneira sistem�tica, s�o exclu�dos dos processos de decis�o, na sociedade e, por conseq��ncia, nos museus, todos os que n�o est�o no poder, de favelados a judeus, de negros a nordestinos (JONES, 1993, p.203-215). Esses diversos p�blicos comp�em uma comunidade tamb�m ela plural e pouco afeita a generaliza��es que possam dar conta de sua heterogeneidade. Os profissionais de museu n�o podem ignorar essa diversidade, nem deixar de reconhecer no museu um instrumento a servi�o dos que est�o fora do poder (VARGAS; SANOJA, 1990, p.53), sob a pena de continuarem a ser servos desse mesmo poder (FUNARI, 1996, p.18). Para que o profissional de museu consiga atingir esse p�blico e com ele interagir, �� necess�rio tomar o seu universo cultural como ponto de partida, permitindo que ele se reconhe�a como possuidor de uma identidade cultural espec�fica e importante�, nas palavras de Paulo Freire (apud McLAREN, 1988, p.224). Nessa diversidade da comunidade, destaque-se o p�blico infantil, tanto por se tratar dos futuros cidad�os, como pela necessidade de tomar-se em conta o car�ter l�dico a ser adotado pelo museu (OLIVEIRA, 1999).
O profissional de museu sempre tem uma pergunta em mente: preservar para qu�? H� alguns anos, quando de uma homenagem p�stuma ao obstinado defensor do patrim�nio e humanista Paulo Duarte, Maria Cristina Bruno (1991) evocava uma bela imagem sobre a preserva��o: "Patrim�nio, para Paulo Duarte, era visto com muita abrang�ncia. Sin�nimo de qualidade de vida, pesquisa e ensino, erudito e popular, antigo e moderno e, acima de tudo, preserva��o para a informa��o".
As Wissenschaften surgidas na cria��o da moderna Universidade, em fins do oitocentos, acostumaram-se a relacionar-se com o museu e seus profissionais de forma instrumental e anal�gica � taxonomia social. Assim como h� os que pensam e os que trabalham, os que mandam e os que obedecem, assim, tamb�m, o cientista se relaciona com o museu. Como se o museu fosse um local a servi�o dos verdadeiros cientistas, como se os profissionais de museu fossem servos, � maneira dos gregos, definidos como instrumentos a servi�o dos cientistas. No entanto, os cientistas que trabalham em museus s�o, tamb�m, profissionais de museus! A dicotomia, de toda forma, tende a permanecer, sob o manto di�fano da clivagem entre os pesquisadores cient�ficos e os outros profissionais. Nem todos os museus possuem cientistas em seus quadros, ainda que todos tenham, por defini��o, profissionais de museus. Em qualquer dos casos, a clivagem existe, seja interna, seja externa, ao corpo funcional do museu. Esta dicotomia separa dois aspectos indissoci�veis do conhecimento: teoria e pr�tica, mundo das id�ias e pr�tica quotidiana. O conhecimento cient�fico � essencial, em especial naquilo que tem de propriamente cient�fico, que � o desafio �s id�ias recebidas e ao senso-comum, para vivificar o museu. Por outro lado, n�o se pode esquecer que o museu pode fornecer um manancial de desafios pr�ticos que apenas podem servir para o avan�o do conhecimento acad�mico (HAAS, 1996, p.S1-S11 apud JONES, 1993, p.203).
Neste contexto mais amplo, como se pode situar a forma��o do profissional de museu e qual museu ser� por ele criado? Em primeiro lugar, h� que se superar concep��es estreitas e r�gidas do que seja e, principalmente, do que deva ser o museu. A forma��o do profissional de museu n�o pode prescindir de um amplo e variado contato com as ci�ncias, em geral, e do homem, em particular. Um conhecimento cr�tico da Hist�ria dos museus pode ser o ponto de partida para a reflex�o sobre os fundamentos pedag�gicos que devem estar subjacentes a uma educa��o patrimonial (TAMANINI, 1998). A forma��o deste profissional n�o se pode furtar ao internacionalismo e ao cosmopolitismo, pois h� uma imensa experi�ncia estrangeira , que vai dos eco-museus aos museus de rua, cujo conhecimento � imprescind�vel.
A forma��o do profissional inclui um conhecimento, de primeira m�o, das diversas ci�ncias envolvidas com o patrim�nio e os museus, t�o numerosas que, provavelmente, apenas uma amostra poder� ser estudada pelo futuro profissional de museu.(7) Estas disciplinas seriam melhor agrupadas por grandes eixos, deixando, ainda, que o estudante pudesse escolher �reas de maior interesse e voca��o. Tendo em vista a disparidade de situa��es, importante aten��o deve ser dada � variedade de museus e ao seu gerenciamento igualmente variado. O est�gio torna-se, neste sentido, uma experi�ncia pr�tica que permite ao estudante tomar contato com uma gama de institui��es, de diferentes tipos, do grande museu universit�rio ao simples museu local. O relacionamento com a comunidade e as formas de intera��o com os grupos sociais tamb�m devem ser objeto de aten��o. A patrimonializa��o dos bens individuais e coletivos das comunidades insere-se na din�mica de integra��o do museu na coletividade e, para tanto, s�o necess�rios estudos espec�ficos, incluindo aspectos t�cnicos (como o registro de relatos orais e a preserva��o de fotografias) e te�ricos (como tudo que se refere � cria��o de mem�rias populares).
A legisla��o de prote��o do patrim�nio e tudo que diz respeito aos aspectos jur�dicos da preserva��o incluem-se no necess�rio cabedal do profissional de museu. Este aspecto da sua forma��o conduz ao grande �mbito das implica��es sociais do museu. Em qual museu atuar� o profissional? Este museu ser� o resultado da a��o do pr�prio profissional. No presente, os museus, como a pr�pria academia, encontra-se eivada de rela��es de poder, de estruturas burocr�ticas cuja finalidade, muitas vezes, pouco tem a ver com o conhecimento e a sociedade.(8) Esta � uma situa��o que resulta de s�culos de uma estrutura social hier�rquica, patriarcal, autorit�ria e voltada para a conserva��o do status quo (FUNARI, 1996, com literatura). Naturalmente, os museus, como �rg�os burocr�ticos do Estado, em sua maioria, reproduzem estas rela��es in�quas e inibem tanto a reflex�o como a a��o cr�tica. Os profissionais de museus, como tamb�m os cientistas, ali�s, s�o incentivados ao conformismo, � aceita��o das verdades correntes, t�o pouco verdades, mas t�o correntes. As estruturas burocr�ticas dos museus, ainda mais do que aquelas acad�micas stricto sensu, s�o infensas ao m�rito e � dedica��o ao conhecimento e � sua socializa��o. Isto se explica pela import�ncia pol�tica, no sentido pequeno da palavra, associada aos cargos, a come�ar da dire��o das grandes institui��es de Estado. H� at�, como se sabe, museus criados para indiv�duos dirigirem! Al�m deste car�ter pol�tico da dire��o, e como decorr�ncia, seguem-se cargos, chefias e emin�ncias pardas que vicejam nos museus, naquilo que se chama de atividades de corredor e de bastidores. N�o � de estranhar que, ainda mais que na academia, nos museus a conviv�ncia pessoal seja t�o pouco profissional.
Neste contexto, o profissional de museu deve, necessariamente, lutar pela transforma��o do pr�prio museu, � luz do que se faz e discute no mundo, a este respeito, mas, tamb�m, na intera��o com a comunidade que deve dar vida ao museu. N�o se trata de tarefa f�cil, nem a luta se mostra ligeira. No entanto, cabe ao pr�prio profissional de museu, j� em atividade e, a fortiori, em forma��o, buscar a profissionaliza��o da atua��o no museu. Isto implica atuar para que o m�rito suplante o compadrio, a busca do conhecimento supere a in�rcia burocr�tica que pode, sen�o matar o museu, inviabilizar sua efetiva fun��o cient�fica e cr�tica. Para isto, imp�e-se a institui��o de um plano de carreira, baseado na titula��o, com hierarquias fracas e coletivos acad�micos fortes, sempre a partir de crit�rios cient�ficos. Para o profissional de museu em forma��o, este � um aspecto essencial: a deontologia associada � pr�tica em museus. A dura realidade dos museus pode induzir ao des�nimo e ao conformismo, se n�o houver, na forma��o do profissional, um projeto cr�tico e acad�mico que permita a transforma��o da pr�pria institui��o. Neste sentido, a situa��o do futuro profissional de museu assemelha-se muito �quela do futuro professor, pois, em ambos os casos, apenas uma luta pela transforma��o da estrutura burocr�tica e de seus objetivos permite antever um futuro criativo.
A forma��o do profissional de museu, portanto, n�o se restringe ao saber t�cnico, nem, menos ainda, ao dom�nio das artimanhas do micro-poder. O desafio que se imp�e � formar profissionais que sejam aut�nomos, cr�ticos, infensos � in�rcia, propensos � luta pela transforma��o. Aparente paradoxo, que se busque a transforma��o, em uma profiss�o voltada para a preserva��o. No entanto, para que se possa, efetivamente, preservar, � necess�rio transformar uma realidade que contribui para destruir o patrim�nio. O primeiro e decisivo passo � formar profissionais aut�nomos, independentes e transformadores do mundo.
Informa��o, cria��o de consci�ncia, a��o no mundo, transforma��o, eis as metas da preserva��o (FUNARI, 1992/3, p.18-19). Seria, at� mesmo, o caso de propor que se deve preservar para transformar a sociedade, pois o conhecimento n�o � apan�gio de classe ou grupo e qualquer museu pode levar � reflex�o cr�tica. Abrir a cabe�a, talvez a meta maior de um museu (HUDSON, 1994, p.55). A come�ar por uma exposi��o que se contraponha � aliena��o da moda e � descontextualiza��o derivada da mercantiliza��o generalizada dos objetos em nossa sociedade p�s-moderna (DURRANS, 1992, p.14), que contribua para a autonomia do p�blico (aquilo que os ingleses t�o bem definem como empowerment, apud GIROUX; McLAREN 1986, p.238). O passado, conservado no Museu em forma de patrim�nio, serve ao presente (LUC, 1986, p.118). Mas n�o � apenas na exposi��o, que se busca transformar, nem s� na supera��o das barreiras entre os setores do museu: h� que se insurgir contra a separa��o entre o museu e as ci�ncias, divis�o oitocentista artificial e pouco afeita � atual busca de integra��o das disciplinas.(6)
Notas
(1) Cf. Plat�o, Leis, 925b, kat� t�n t�ksin t�u n�mou, �segundo a ordena��o de uma regra�. Taxonomia deriva de t�ksis, �arranjo�, do verbo t�ssein, �arranjar�, originalmente, os soldados para uma batalha; cf. Her�doto, 8, 86: kat� t�ksin, �ordem de batalha�.
(2) Cf. Lorenz (1998, p.619): Postmodernismus ist deshalb immer eine radikale Version des Pluralismus (�nfase no original).
(3) Keine Ausstellung ohne Erz�hlungen, como se prop�e na concep��o do Museu Ativo (�n�o h� exposi��o sem narrativas").
(4) Cf. Potter ([s.d.], p.39): If we can encourage ourselves (sc. museum professionals) and our visitors to see the objects in our museums as �fragile� � as culturally constructed and a culturally contested rather than as self-evidently important and in possession of inherent meanings � then perhaps we all will begin to treat those objects better, thinking about them rather than worshiping them.
(5) Cf. Haiganuch Sarian (1999, p.34): �Produ��o e reprodu��o do saber se expressariam nos Museus Universit�rios, por meio de responsabilidades inerentes � natureza de um Museu, de tal modo que os Professores destas institui��es fossem igualmente Curadores � Curator-Professors -, para lembrar a designa��o americana�.
(6) Ainda que alguns dos grandes museus brasileiros, voltados para as Ci�ncias Naturais, no s�culo XIX, tenham atuado na pesquisa cient�fica (cf. LOPES, 1997).
(7) Museologia, Hist�ria, Hist�ria da Arte, Arqueologia, Antropologia, Etnologia, Biologia, Geografia, Etnologia, Estudos da Cultura Material, Folclore, Geologia, Bot�nica, Hist�ria Oral, Iconografia, Semi�tica, entre outras.
(8) Cf. M.C. Bruno; C. Rizzi e M.X. Cury (1999, p.46): �apesar do grande esfor�o, muitos museus est�o longe da consci�ncia do equil�brio entre o cuidado com os acervos e a aten��o com as expectativas das sociedades�.
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Agradecimentos
Agrade�o � professora Maria Cristina Bruno, cujo convite para participar deste encontro sobre �O Profissional de Museu no umbral do Terceiro Mil�nio� incentivou-me a escrever este texto. Devo mencionar ainda os seguintes colegas: Dione Bandeira, Brian Durrans, Bernd Fahmel-Beyer, Si�n Jones, Parker B. Potter, Jr., Nanci Vieira Oliveira, Brian W. Thomas, Elizabete Tamanini. As id�ias apresentadas s�o, naturalmente, de responsabilidade exclusiva do autor.
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